05.12.2012 Views

PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

Consequências para SN1:<br />

A etapa que determina a velocidade da reação é a primeira. Como envolve a formação de<br />

cargas em forma de X - e R + ela é bastante acelerada pelo uso de solventes polares. No<br />

seguinte exemplo observa-se uma reação 30.000 vezes mais rápida ao realizá-la em<br />

etanol/água 50/50, em vez de etanol 98%.<br />

H3C<br />

CH3<br />

C Cl<br />

CH3<br />

SN1 [EtOH/H2O] CH3<br />

C +<br />

(aq.)<br />

H3C CH3 + Cl - Intermediário<br />

(aq.)<br />

+ H2O rápido<br />

H3C<br />

CH3<br />

C OH<br />

CH3<br />

+ HCl<br />

Por outro lado, não é observado efeito do solvente em situações de pura redistribuição de<br />

cargas como mostrado na reação abaixo. Nesta o grupo abandonador já possui uma carga<br />

positiva.<br />

H3C<br />

CH3<br />

C<br />

CH3<br />

S(CH3)2<br />

S N1<br />

[H2O, NaCl]<br />

- S(CH3) 2<br />

CH3<br />

C +<br />

H3C CH3<br />

(aq.)<br />

Intermediário<br />

+ Cl -<br />

rápido<br />

A primeira etapa é a mais lenta desta reação, pois o carbocátion intermediário reage<br />

rapidamente (segunda etapa) com um nucleófilo, sulfeto ou cloreto. Mesmo sendo o<br />

solvente de baixa influência sob a velocidade desta SN1, a escolha na prática geralmente cai<br />

num solvente mais polar, onde substrato e também o nucleófilo são mais solúveis 6 .<br />

Consequências para SN2:<br />

No caso de reações SN2 o efeito da polaridade do solvente geralmente é bem menos<br />

pronunciado do que na SN1. Observa-se até um leve decréscimo na velocidade da<br />

substituição, ao aumentar a polaridade do solvente.<br />

EA<br />

δ − δ −<br />

H3C I + CN [ I CH3 CN ]<br />

H 3C<br />

CH3<br />

C<br />

CH3<br />

Cl<br />

H3C CN + I<br />

No estado de transição, neste exemplo em particular, a carga fica mais bem distribuída do<br />

que nos próprios reagentes. Assim, podemos concluir que o estado de transição aproveita<br />

menos da solvatação por um solvente polar, do que o próprio nucleófilo, CN - , enfim, a<br />

energia de ativação aumenta. Além do mais, uma camada de solvente em volta do<br />

nucleófilo dificulta a sua aproximação ao substrato. A escolha de um solvente totalmente<br />

apolar, no outro extremo, também é ruim, devido à falta de solubilidade do nucleófilo: o<br />

cianeto de potássio continua cristalino, no fundo do balão; onde não houver contato entre os<br />

reagentes, logicamente não haverá reação.<br />

6 O rendimento desta reação é limitado por causa da forte concorrência da eliminação β (ver p. 131).<br />

27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!