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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

especialmente pronunciada no monômero estireno, H2C=CH-Ph, onde o radical se forma<br />

exclusivamente em posição benzílica (negrito). A regiosseletividade é bastante alta, então<br />

forma-se um polímero linear onde as unidades monomêricas são implementadas, de<br />

maneira cabeça-cauda-cabeça-cauda..., com alta regularidade.<br />

Em casos especiais pode-se obter um polímero misto, comumente chamado de<br />

"copolímero", a partir de uma mistura de diferentes monômeros. Porém, na maioria destes<br />

casos forma-se um produto heterogêneo cuja composição não corresponde à quantidade<br />

relativa com que os monômeros foram aplicados. Isto se deve às reatividades diferentes,<br />

tanto dos macro-radicais em crescimento quanto dos monômeros. Um dos dois monômeros<br />

será adicionado com velocidade maior. Resulta um copolímero cuja composição mostra um<br />

excesso de unidades estruturais provenientes deste monômero 33 . Em casos onde a<br />

preponderância de um monômero não pode ser evitada o copolímero desejado pode ser<br />

obtido somente por um outro mecanismo, por exemplo, por polimerização catiônica (ver p.<br />

158).<br />

O término da cadeia cinética pode ser provocado por pequenas quantidades de hidrogênio,<br />

H2. O macro-radical ganha uma ligação C-H terminal e pára de crescer, enquanto o outro<br />

radical H⋅ pode iniciar uma nova cadeia. O papel do hidrogênio é então regulador ou<br />

limitador dos tamanhos das cadeias macromoleculares, mas não interrompe o andamento da<br />

síntese.<br />

Neste contexto deve ser chamada atenção a uma fonte de enganos a respeito da palavra<br />

"cadeia". A cadeia cinética descreve o número de ciclos com que um monômero se<br />

adiciona ao sítio radicalar, enquanto a cadeia física de uma macromolécula pronta não<br />

informa sobre a história da sua criação. Os comprimentos físicos não batem<br />

necessariamente com o número de ciclos de crescimento, principalmente por dois motivos:<br />

1) Uma latente fonte de radicais (um alqueno inclusive o próprio monômero, o<br />

solvente, uma impureza, etc.) pode terminar o crescimento de uma macromolécula, mas<br />

iniciar o crescimento de outra. Isto pode acontecer, sem o transmissor ser<br />

necessariamente idêntico com o iniciador proposicional. Significa que a cadeia física pára<br />

de crescer, mas a cadeia cinética não. Lembre-se que a nossa definição (p. 53) da cadeia<br />

cinética refere-se ao número de ciclos de propagação a cada radical iniciador.<br />

2) Já a recombinação de duas cadeias poliméricas em crescimento (= macro-radicais;<br />

p. 56, item a) fornece uma cadeia física do dobro tamanho. Ao mesmo tempo a cadeia<br />

cinética pára.<br />

Note-se que a polimerização direta de “álcool vinílico” para PVA não é possível, porque o<br />

mesmo está presente em quantidades muito pequenas. Isto se deve ao equilíbrio com<br />

acetaldeído, conhecido como tautomeria 34 , que fica deslocado para o lado do aldeído, por<br />

sua vez incapaz de polimerizar em tempos razoáveis.<br />

33 Este comportamento é descrito quantitativamente pelo “esquema Q-e”, ver J.M.G.Cowie, Polymers:<br />

Chemistry & Physics of Modern Materials, Chapman & Hall, New York 1998; cap. 5 "Copolymerization"<br />

34 Neste exemplo, a tautomeria é um equilíbrio entre um aldeído e um enol, uma reação bastante lenta, na<br />

ausência de catalisadores, ver p. Erro! Indicador não definido..<br />

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