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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

(A = fator de frequência, R = constante dos gases, T = temperatura absoluta em K, ∆H ≠ =<br />

entalpia de ativação)<br />

A entalpia de ativação não deve ser confundida com a entalpia da reação, ∆HR:<br />

enquanto ∆H ≠ representa o morro de ativação e determina a velocidade, ∆HR representa a<br />

diferença em energia entre reagentes e produto e determina o grau de conversão em reações<br />

equilibradas. Mesmo assim, podemos relacionar as duas grandezas numa estimativa<br />

grosseira, resultado dos gráficos no capítulo 1.4.4:<br />

� Para reações exotérmicas (∆HR < 0) se esperam energias de ativação ∆H ≠ baixas;<br />

então elas deveriam ocorrer rapidamente.<br />

� Para reações endotérmicas (∆HR > 0) esperam energias de ativação ∆H ≠ altas (><br />

∆HR), portanto são reações lentas 28 .<br />

A base desta estimativa podemos entender porque apenas reações exotérmicas são<br />

apropriadas como etapas da propagação. Etapas endotérmicas na propagação, por outro<br />

lado, fornecem curtas cadeias cinéticas, pois ocorrem muito devagar em comparação ao<br />

término; na maioria destes casos não há reação nenhuma entre substrato e radical porque o<br />

último consegue estabilizar-se ou reagir de outra maneira.<br />

Sob ótimas condições termodinâmicas as velocidades de propagação e término entram,<br />

após de um curto período de indução, em equilíbrio cinético. Significa que a relação entre<br />

v1 e v2 fica constante até o consumo total dos reagentes. Tipicamente decorrem dez mil<br />

ciclos de propagação, a cada reação de término:<br />

v1 ≈ 10.000⋅<br />

v2<br />

.<br />

Desta maneira a reação fica controlada e, ao mesmo tempo, o produto é obtido em alta<br />

velocidade e pureza. Desvios da relação v1/v2 em ambas as direções causariam<br />

desvantagens ou até perigos: velocidades baixas na propagação levam a velocidades<br />

reacionais demoradas, altos gastos em iniciador e muitos produtos paralelos; a insuficiência<br />

do término pode levar à explosão térmica.<br />

Exemplo: As etapas da propagação da halogenação radicalar do etano são:<br />

1) X + H3C CH3 H X + CH 2 CH 3<br />

2) H3C CH2 + X X H3C CH2 X + X<br />

Entalpia de reação (kJ⋅mol -1 ) X = Cl X = Br<br />

Etapa 1 - 19 + 46<br />

Etapa 2 - 96 - 71<br />

28 Essas regras podem ser verificadas na Figura 6 (p. 65) e Figura 7 (p. 66), respectivamente.<br />

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