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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

Reação das azidas com alquinos<br />

Dentro de todas as cicloadições 1,3-dipolares com azidas se destaca a ciclização, usando<br />

como dipolarófilo o acetileno ou um alquino com tripla ligação em posição 1, levando ao<br />

triazol:<br />

N N N R 2<br />

R 1 C CH<br />

+<br />

N N N R 2<br />

Cat.<br />

Cu(I)<br />

Base<br />

R 1<br />

N N N R 2<br />

Triazol 1,4 dissubstituído<br />

Essa reação foi primeiramente estudada nos anos 70 do século passado, por R. Huisgen. Na<br />

época ele trabalhou em sistemas anidros e a temperaturas elevadas (o que é bastante<br />

ariscado, visto o perigo de explosão das azidas). O significado da reação aumentou bastante<br />

quando o grupo de Sharpless 166 achou condições mais favoráveis para essa cicloadição. A<br />

restrição de trabalhar anidro cai fora quando estiver presente um catalisador de Cu(I). Esse<br />

catalisador é geralmente produzido in situ, a partir de CuSO4 (barato) e requer, além de um<br />

redutor, de uma base orgânica. A finalidade da base é a desprotonação do alquino (ver p.<br />

128). Solventes típicos nesta reação são os polares apróticos (ver p. 25). Essa reação é tão<br />

rápida, completa e irreversível que se criou uma nova expressão, a "química click", que<br />

deveria expressar a facilidade da reação, igual um clique com os dedos. Certamente uma<br />

consequência da estabilidade do produto - que é um aromático.<br />

Pouco mais tarde descobriu-se que, além do cobre, também o rutênio é catalisador desta<br />

reação. A diferença é na regioseletividade do produto: enquanto o catalisador de Cu(I) leva<br />

seletivamente ao isómero1,4, o Ru(II) fornece o triazol 1,5 dissubstituído.<br />

N N N R 2<br />

R 1 C CH<br />

+<br />

N N N R 2<br />

Catalisador:<br />

CpRuCl(PPh3)2<br />

R 1<br />

N N N R 2<br />

Triazol 1,5 dissubstituído<br />

Mais usado, por enquanto, é o catalisador onde o Ru(II) é complexado por um ligante<br />

ciclopentadienila, C5H5 - ou abreviado Cp, e outras bases macias de Lewis, tais como<br />

trifenilfosfina, PPh3.<br />

Desenvolvimento mais recente desta reação é o uso de um alquino de estrutura particular<br />

que o deixa mais reativo do que um 1-alquino comum. Usou-se com sucesso o alquino<br />

difluorado de ciclooctino 167 . A vantagem deste é que não requer mais da catálise por um<br />

166 Remarcável é a página do Prof. Karl Barry Sharpless:<br />

http://www.scripps.edu/chem/sharpless/currentresearch.html<br />

Vista geral sobre o assunto: S.Borman, Chemical Engineering News 2002, "In-situ click chemistry", acessível<br />

em http://pubs.acs.org/cen/coverstory/8006/8006clickchemistry.html<br />

167 C. Bertozzi, J.Baskin, J.Prescher, S.Laughlin, N.Agard, P.Chang, I.Miller, A.Lo, J.Codelli, Proceedings of<br />

the National Academy of Science 2007; acesso através de http://www.pnas.org/<br />

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