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PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

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A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

Estão indicadas as configurações absolutas dos dois carbonos assimétricos em cada<br />

produto. Com este método se consegue a produção de um dos enanciômeros em<br />

aproximadamente 80% de excesso em cima do outro (ee = enanciomeric excess, ver p.<br />

216).<br />

Preparo do catalisador quiral:<br />

Ti(O i-Pr)4 +<br />

H<br />

HO<br />

COOEt<br />

C<br />

C<br />

OH<br />

H<br />

COOEt<br />

Dietil-(+)-ácido tartárico<br />

[H 2O]<br />

- 2 i-PrOH<br />

HO<br />

(iPrO) 2<br />

Ti<br />

OH<br />

CH CH<br />

EtOOC COOEt<br />

Catalisador ativado de Sharpless<br />

O titânio(IV) é um centro ácido de Lewis em volta do qual se agrupa certo número de bases<br />

(= fontes de elétrons π ou elétrons n). Como complexo inicial foi escolhido Ti(OiPr)4 que<br />

tem alta energia interna e ligações Ti-O distantes, devido ao impedimento espacial entre os<br />

grupos isopropilas. Assim é fácil trocar estes ligantes isopropóxidos por outros, menos<br />

volumosos. Isto é, no caso, o ligante quelante dietiltartarato e também o substrato olefínico<br />

que formará mais adiante, um complexo π com o titânio. O dietiltartarato, aliás, foi feito a<br />

partir de ácido tartárico que existe na natureza ("chiral pool"), de forma opticamente pura.<br />

Projeções de Fischer do ácido tartárico:<br />

H<br />

HO<br />

COOH<br />

C<br />

C<br />

OH<br />

H<br />

COOH<br />

(2R, 3R)-(+)-ácido tartárico<br />

Abundante na natureza, nas frutas<br />

(cristais do vinho = sal<br />

monopotássico do (+)-ácido tartárico)<br />

HO<br />

H<br />

COOH<br />

C<br />

C<br />

H<br />

OH<br />

COOH<br />

(2S, 3S)-(-)-ácido tartárico<br />

Raro na natureza<br />

H<br />

H<br />

COOH<br />

C<br />

C<br />

OH<br />

OH<br />

HO<br />

=<br />

HO<br />

COOH<br />

COOH COOH<br />

meso-ácido tartárico<br />

Opticamente inativo<br />

(linha pontilhada = plano de espelho)<br />

Não existe na natureza.<br />

Uma vez o complexo entre o tartarato e o Ti(IV) se formou, o catalisador está pronto para<br />

receber o substrato de álcool alílico, na esfera coordenativa do metal. A aproximação da<br />

dupla ligação C=C do substrato, ao Ti(IV) leva a um complexo π, enquanto o grupo -OH<br />

do substrato se orienta preferencialmente em uma direção, devido ao ambiente assimétrico<br />

do catalisador. Podemos também dizer: um dos dois lados enanciotópicos do substrato<br />

olefínico é complexado de preferência, estabelecendo maiores forças ligantes do tipo<br />

dipolo-dipolo ou ligações de hidrogênio, com o tartarato que é o ligante vizinho no<br />

catalisador.<br />

C<br />

C<br />

H<br />

H<br />

232

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