05.12.2012 Views

PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

PRINCÍPIOS SÍNTESE ORGÂNICA - CEFET-MG Campus Timóteo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A. Isenmann <strong>CEFET</strong>-<strong>MG</strong> <strong>Timóteo</strong> Princípios da Síntese Orgânica<br />

Figura 21. Representação dos orbitais moleculares do benzeno junto com seus níveis<br />

energéticos. Nível 0: energia dos orbitais atômicos isolados. Note-se que os orbitais Ψ2/Ψ3<br />

e Ψ3/Ψ4 são degenerados. As posições dos planos de nó são indicadas por linhas<br />

tracejadas.<br />

Em compostos neutros e aromáticos com (4n - 2) elétrons π é possível construir (4n - 2)<br />

orbitais moleculares Ψ, a técnica usada chama-se "combinação linear de orbitais atômicos<br />

para formar orbitais moleculares" ("LCAO-MO" = Linear Combination of Atomic Orbitals<br />

to Molecular Orbitals). Não necessariamente estes MOs possuem energias diferentes. No<br />

caso de igualdade energética se usa a expressão "degeneração". O benzeno, como ilustrado<br />

abaixo, tem 6 MOs em 4 diferentes níveis energéticos, onde Ψ2 / Ψ3 e Ψ4 / Ψ5 são orbitais<br />

degenerados. Em analogia aos orbitais atômicos, um MO pode acomodar no máximo dois<br />

elétrons (Princípio de Pauli). Quando todos os elétrons ocupam os MOs mais baixos, o<br />

composto encontra-se no estado eletrônico fundamental. No caso do benzeno onde têm 6<br />

elétrons π, então os MOs Ψ1, Ψ2 e Ψ3 serão completos. Quando um ou mais elétrons são<br />

elevados para orbitais de energias mais altas, a molécula se encontra num estado eletrônico<br />

excitado. Como já visto no cap. 3, essa elevação pode ser alcançada por incidência de luz<br />

(especialmente luz UV) ou reação química - mais do que por energia térmica.<br />

Ψ6<br />

,<br />

E<br />

Ψ4 Ψ5<br />

,<br />

Ψ2 Ψ3<br />

Ψ1<br />

Orbitais antiligantes<br />

(desestabilizantes)<br />

Orbitais ligantes<br />

(estabilizantes)<br />

Figura 22. Ocupação dos MOs do benzeno por elétrons π, mostrando o estado<br />

fundamental.<br />

A experiência mostrou: a partir de n AOs resultam igualmente n MOs, isto é, n<br />

possibilidades de orientação relativa dos lobos. Em geral, quando lobos do mesmo sinal (da<br />

mesma cor) se aproximam o resultado é uma interação construtiva (= atração = ligação<br />

covalente, π). Quando os lobos de átomos vizinhos incluem um ângulo de 90° o grau de<br />

interação é zero, quer dizer, nem atrativo nem repulsivo. Finalmente, a orientação antiparalela<br />

dos AOs significa interação destrutiva (= repulsão = situação anti-ligante, também<br />

representado pelo símbolo "π*"). Este conceito tem por consequência que a energia do MO<br />

aumenta junto ao número de planos de nó.<br />

Conforme o dito sobre atração e repulsão, um MO pode assumir um nível energético mais<br />

baixo ou mais alto, do que a soma das energias calculadas para os AOs isoladas. Na Figura<br />

21o nível dos AOs isolados é representado pelo nível 0.<br />

Como calcular enfim a energia interna de uma molécula aromática? São dois fatores a<br />

serem considerados: um é os nível energético do MO, outro fator é a ocupação deste MO<br />

por elétrons. Esses dois fatores devem ser levados em consideração para cada MO da<br />

276

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!