29.04.2013 Views

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

difficulda<strong>de</strong>,— o que não admira! O estar circumscrita<br />

cm Portugal, Galliza c Astúrias a área da palavra não<br />

<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ter alguma importância para a resolução do<br />

problema.<br />

Pena-Branca. a pronúncia miran<strong>de</strong>sa é Péinha-<br />

Branca.<br />

Temos aqui um facto muito curioso, análogo a outros<br />

já mencionados, que é a existência <strong>de</strong> uma palavra que<br />

tem duas formas, uma, segundo as leis do mirandês,<br />

outra, segundo as do português. Como o etymo está<br />

muito provavelmente no céltico * p e n n a , segundo<br />

mostrei in Revista Lusitana, iv, i3i-i32, resulta que<br />

-;/;/- intcrvocalicos <strong>de</strong>ram -nh- em mirandês (como em<br />

hespanhol) e -n- em português. Outros exemplos são:<br />

lat. annu-i ,<br />

lat. pannu- ^<br />

'<br />

(mir. anho = hesp. afio<br />

.^<br />

/port. ano (anno)<br />

l mir. vanho = hesp. paíio<br />

, ^ ^<br />

{ port. pano (panno)<br />

(mir. cabanha = hesp. cabana<br />

, , ^ »<br />

lat. cabanna-\ ,<br />

(port. cabana.<br />

E uma lei análoga á do -//- intervocalico, estudada<br />

supra, p. 65 e nota. Cf. Revista Lusitana, iv, 273-275.<br />

Se a alguém ainda restasse dúvida <strong>de</strong> que ápena hes-<br />

panhola correspon<strong>de</strong>, não a penha portuguesa, mas a<br />

pena, estava na palavra miran<strong>de</strong>sa a prova <strong>de</strong>cisiva,<br />

pois ella soa Péinha, = hesp. peíia, em mirandês, e<br />

Pena em português; e, como se trata <strong>de</strong> um nome<br />

local, e por tanto fixo, não pô<strong>de</strong> haver receio <strong>de</strong> con-<br />

fusão com penha.<br />

Tanto na Galliza como em Portugal é vulgar no<br />

onomástico o vacabulo Pena; parallelamente, nos territórios<br />

<strong>de</strong> origem hespanhola c vulgar Pena. No mesmo<br />

caso está o adjectivo branco, -a (blanco, -a).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!