29.04.2013 Views

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

XIII<br />

A p. Lii dá como correntes em mirandês estes vocá-<br />

bulos: póco, pòca, toudo, toiída, o que é igualmente<br />

falso, embora os dois primeiros se usem, por exemplo,<br />

em vários pontos <strong>de</strong> Portugal. Basta um poucochinho <strong>de</strong><br />

reflexão para se ver a incongruência d'estes exemplos,<br />

pois, se quem diz pôco por pouco supprime o ditongo<br />

ou, como ha-<strong>de</strong> fazê-lo apparecer anorganicamente em<br />

toudo por todo?<br />

Nos verbos dá como formas miran<strong>de</strong>sas : hô, sã, fúe,<br />

fúran, diêra, pudo (na i.^ pess.), puongo, puónan, sê<br />

(o sei»), bine («vim»), e nenhuma está exacta.<br />

A p. Lxxi dá oubir como verbo irregular, quando elle,<br />

no systema mirandês, é perfeitamente regular! O Sr.<br />

Ferreira foi levado a este erro, por notar que oubw faz<br />

no presente oubo (õubo)^ differentemente do português<br />

ourir, que faz ouço; este sim, é que é irregular! Dá também<br />

{ibi<strong>de</strong>m) como irregulares pedir e seguir, quando<br />

estes verbos pertencem a categorias especiaes, que <strong>de</strong>fini<br />

na minha Grammatica, p. 879 sqq.<br />

A p. Lxxi, nota 3, diz que beilórun, que cita a p. uv,<br />

se encontra no antigo dialecto <strong>de</strong> Leão. O Sr. Albino,<br />

apesar <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarar a p. xi que não encontrou nas livra-<br />

rias nenhuma obra sobre o mirandês, querendo com isso<br />

indicar que as minhas lhe eram <strong>de</strong>sconhecidas, repetiu<br />

aqui, mas sem o enten<strong>de</strong>r, o que eu tinha escrito no<br />

meu opúsculo O dialecto mirandês^ P- 21, nota 24!<br />

A p. Lxxv explica fa^irum pelo latim fecerunt, sem<br />

perceber que essa forma é autónoma!<br />

A p. Lxxvii dá como palavras miran<strong>de</strong>sas, sem o se-<br />

rem: /?>wríi, peour!— Na mesma página escreve Ihunge;<br />

a p. 69 escreve luonge ; e a p. 85 Ihuonge. Não sabe a<br />

gente qual d'estas formas ha-<strong>de</strong> acceitar!

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!