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Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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i84<br />

diacritico, marco o til no segundo. Esta incoherencia<br />

não é nova. Também em português se escreve pão<br />

com til sobre o a, quando a nasalida<strong>de</strong> abrange os<br />

dois elementos do ditongo. Em livros antigos encon-<br />

tra-se igualmente levai^aÔ\ com til no o. Viterbo escreve<br />

fermidoem, com o signal <strong>de</strong> nasal no e. Camillo Castello<br />

Branco escrevia Guimaraeiís, também com o signal <strong>de</strong><br />

nasal no e, quando a nasalida<strong>de</strong> estava do mesmo modo<br />

no a. Se passarmos a outras lingoas, achamos, por<br />

exemplo, no grego xaí e aí, com o accento ou o espi-<br />

rito no segundo elemento do ditongo e não no primeiro,<br />

que é realmente o affectado por aquelles diacriticos.<br />

Por isso escrever ôíí com o til na subjunctiva, e não<br />

na base, não me parece cousa anormal.—A cerca <strong>de</strong><br />

a, i, e, vid. o § 3.—E duvidoso se existem os ditongos<br />

nasaes ãi e et.<br />

Observação 3.^— O meu amigo Gonçalves Vianna<br />

consi<strong>de</strong>rava o i <strong>de</strong> iu como idêntico ao som que repre-<br />

sento por ç na tabeliã do § i, e que elle representou<br />

num seu trabalho por i'; comtudo, uma anályse mais<br />

minuciosa que em commum fizemos d'este som levou-o<br />

a elle a reconhecer que ha leve diíTerença entre o i <strong>de</strong><br />

iu (ex. : míií) e o e <strong>de</strong> te (ex. : tierra)^ e a mim a veri-<br />

ficar que ha i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> entre o referido i <strong>de</strong> miu e o<br />

<strong>de</strong> mie. Pelo menos fica isto assente por agora. — É<br />

tarefa muito escabrosa representar, só pela observação<br />

acústica, sons difficeis <strong>de</strong> lingoas que não tem tradição<br />

litteraria; não estranhem pois os leitores estas oscilla-<br />

ções <strong>de</strong> opinião.<br />

' Lê-se mesmo levaráÕ in Elucidário <strong>de</strong> Viterbo, s. v. «avoen-<br />

gueiro».<br />

2 Vid. Exposição da pronúncia normal portuguesa, Lisboa 1892,<br />

p. 22. — O ditongo que a cima represento por íe representa-o elle<br />

pois pbr h.<br />

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