Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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assente «de propósito»; ex.: ayou fiz isto, mas fui
assente*. — Participio de assentar.
d'afeito ex. : lubar d'afeito («a eito»). — Assim
como o port. eito vem de actus, o mir. a-feito
vem de f actus (não de affectus).
a d'reito e a torto em port. «a torto e a direito»,
fr. à tort et à travers.
a las abiessas em port. «ás avessas», de a d versus
.
porquéi (interrogativo) Vid. § 2ob-b. Em pausa
diz-se porquéi, em próclise porque, ex. : «porque
níí t' liei-de bér? Porquéi?!,.— Em port. também
temos porque (em próclise) e porquê (em pausai.
293. Para formar certos advérbios de modo (cf. S iSq)
serve o suffixo -mente (como noutras lingoas românicas),
do lat. mente, ablativo de mens; ex.: eifatamente,
niesmamente ; mas também ouvi empregar ás vezes o
suffixo -mfente. Deu-se a mesma hesitação em hespa-
nhol, no decurso da sua existência: solamiente, conesci-
damiente, mayormiente, senaladamiente (hesp. arch.), e
com -mientre: paladinamientre , nombradamientre, jir-
memientre (hesp. arch.)'; as formas -mientre e -miente
já não se encontram no «Ordenamiento real» (sec. xv)^;
hoje só se usa -mente.
294. Os advérbios em -mente (S 293) tem naturalmente
graus, como os adjectivos de que provém.
Locuções superlativas: mui de presto, mui de prhssa,
??iui de brebe.
> Apud Galindo, Progresso y vicisitudes dei idioma castellano,
pp. 87 e iSy; Miifíoz y Rivero, Paleografia, 1889, p. 385. — Cf.
também Diez, Grammaire des langues romanes, 11, 428 ; e Morei
Fatio, in Romania, iv, 46.
2 Galindo, loc. laud., p. 171.
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