Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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Observação. — Em sendinês temos, em virtude do
que se disse a p. 384-nota, as seguintes terminações
na 2.* e 3/ conj.: -i, -is, -i, -imos, -ides, -7.
232. Desinência. — Em relação á perda do -m e t,
e á conservação do -s, cf. o que se disse no § 216-
Obs. I. O -/- deu -d-, que se conservou, por serem
esdrúxulas as flexões em que elle está: cf. § 2i6-Obs. i
e 2. E isto o que tem em commum as três conjugações;
vejamos agora o que cada uma tem em particular:
d) A i.^ conj. offerece -aba- por -aba(m) (§ gS) e
-ã por -ant (§72);
b) A 2.* conj. latina foi assimilada á 4.^ (a -eba-m
corresponde -iba-m), como o mostra o paradigma,
pois - ê b a - não podia, segundo as leis phoneticas
(§ 52), dar -ia. Com quanto em latim clássico a desinência
da 4.* conj. seja -i-eba-, em latim mais an-
tigo era -ibam' (-iba-m), forma que apparece ainda
frequentemente nos poetas de períodos posteriores ao
archaico^, e foi ella a preferida também pelo povo-.
í Vid. Madvig, Grammatica latina, trad. de Epiphanio Dias,
§ wó-b; Lindsay, Tlie Latin language, Oxford 1894, p. 491.
2 Por exemplo, em Vergilio encontro, entre outros, o verbo
vestibam ; vid. o seguinte passo
:
Tum mihi prima genas vestibat iuventas
Eneida, viu, 160. Ed. de Júlio Moreira.
Em Phedro também encontro parturibam no verso
Mons parturibat, gemitus immanes ciens
Fabulas, rv, 23. Ed. de Epiphanio Dias.
3 Cf. Meyer-Lubke, Grammatik der romanischen Sprachen, n,
§ 254.— Dão-se ás vezes nas lingoas contradicções, embora appa-
rentes. A desinência -i-eba-m da 4.* conj. foi em latim antigo
sem dúvida motivada pela da 2.» [debe-ba-m) á qual também se
encosta a da 3.* {leg-e-ba-m, pois neste verbo o thema do pre-
sente é leg-). Por sua vez, no lat. pop., mas mais recentemente,
a desinência da 4.« conj. (-iba-m) supplantou a da 2.* Para a
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