Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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quieto»; cf. no Alemtejo desexcomungado\
onde des- não substitue o prefixo já exis-
tente, mas o reforça, juntando-se-lhe.
b) Com o prefixo ã- (an-, am-) < in- formam-se
verbos, como: anteimar, oteimar», «porfiar»;
ambõubecér, «enlouquecer», «tornar-se bõn-
bo^*'^ aucanhar-se, «acanhar-se»; ancastilhar^,
anteimar, «teimar».
c) Em treminar, por determinar, isto é, detreminar,
perdeu-se o prefixo de-. Em daprender, por
aprender^ agglutinou-se de, que talvez seja
antes preposição (e neste caso teremos um
phenomeno syntactico), do que mero prefixo;
cf. astur. adeprender'^.
d) Sobre o a- prosthetico em palavras como arredar
(também usada em port. popular), acomeçar,
etc, vid. § i5i-a. Se em algumas palavras se
junta a-, também se supprime noutras, como
brigada («abrigada»), car/Wiíjr («acarinhar»),
cunhar («acunhar», ex.: cunhar Una fraga,
(pôr-lhe uma cunha), guilhada, («aguilhada»),
sonar, («assoar» < a-sonare).
e) Em jabeira por «algibeira» (se esta forma não
é a primitiva), supprimiu-se ai-, considerado
como prefixo; em alçafrõu (ou alçaff'ã) por
«açafrão», accrescentou-se ai- pelo mesmo
motivo.
/") Em astrabessar por «atravessar», e astreber-se
por «atrever-se», em hesp. arch. trererse,
em gall. estreverse, parece ter havido influen-
cia do prefixo trans-, trás-, três-, na forma
« In Revista Lusitana^ iv, 48.
-í Do
lat. balbu- (§45).
3 Ex. : «la perdíç ancastilha las alas- (i. é : entesa, encastella
sa asas).
4 Citado por Schuchardt in Zeitschrift f. rom. Philologie, v, 3i8.