Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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scmo (-^ grandississimo) ' ; mas este suttixo é de origem
portuguesa, -issimo, o qual por sua vez é de origem
litteraria. O superlativo em mirandês forma-se peri-
phrasticamente, como o comparativo:
i) superlativo absoluto: múi bono, múi guapo,
mi feio, mi ásparo;
2) superlativo relativo: / mais btçlho de todos,
l mais grande.
Observação. — O adverbio empregado mais geralmente
é múi ou mi, e não múito^. A forma rmti re-
sulta de muito por syncope syntactica (em próclise); mi,
que tem grandíssimo uso, é ainda attenuaçao de mui.
187. Já nos textos- que publiquei n-0 dialecto miran-
dês. Porto 1882, citei exemplos de comparativos e super-
lativos mir., como: mais alantre, adverbialmente (p. 28),
múi alto (p. 29). E nas Flores mirandesas, Porto 1884:
tã puro (p, i5), mais guapa (p. 17), etc.
é) AUGMENTO E DEMINUIÇÃO
188. O augmento e deminuição da ideia contida nos
adjectivos exprime-se de modo análogo áquelle pelo
qual se exprimem nos substantivos (§171 sqq.). Exs.
feliç feli:{ôã
manso mansico
manco manquito.
Não é pois necessário fazer mais considerações.
• O adjectivo grandessissemo ou grandessissimo é também
muito usado na lingoagem popular portuguesa. Diz-se -essissemo
= -essissimo por dissimilação (5 149). Creio que Almeida Gar-
rett o empregou algures.—Cf., por exemplo, em sanscrito o superlativo
duplo sresthatama-, sobre srestha-.
' Note-se que múi e muito se pronunciam sem nasal, e por isso
accentuo ú para que não se diga j7/, como em português se diz.
Cf. o meu Dialecto mirandês, Porto «882, p. 2Ó.
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