Estudos de philologia mirandesa - Esycom

septuaginta, septa-
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octoginta uitenta
i n t a setenta
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ducentos, -as duyíentos, -as
trecentos, -as
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* m i 1 1 i o n e (m)
treiíentos, -as
quatrodentos, -as
dnco dentos, etc.
mil
^milhõíi
Observação i.*— Segundo a lei do § 109, esperar-
se-hia wio e una, como em hespanhol, em vez de ú
e íitja; comquanto, por estas palavras serem de uso
muito vulgar, custe a admittir influencia do português,
onde popularmente se diz tia e wia, e se possa suppôr
que em únu-, em próclise (§ i55-9), cairia o -w (cf.
hesp. un em próclise, por uno), donde resultaria ú
(cf. § iio-^), e que esta forma, depois de se gene-
ralizar a todas as circumstancias, quer em próclise,
quer não, influíra na feminina, modificando-a em úa,
íí7^a (cf. 3 39), — todavia talvez houvesse realmente influencia
do português. Pôde perder-se o a de Una em
ujj' agulha (§ 38), e ainda em úi\ ora, phrase que, sob
a forma u hora se usa também na Beira^.— De duos
passou-se para *doos (§61); de *doos, por dissi-
milação da segunda vogal, resultou dous (forma ainda
representada pelo português, onde coexiste com dois),
e seguidamente dôus (§ 65); de *doos veiu também
o fr. ant. dous, por exemplo na Chanson de Roland, e
por crase, ou depois de passar por * dous, o hesp. dos;
em provençal também no caso obliquo ha dos. Com o
« Devia dizer-se no lat. vulg. *noveginta (por analogia com
as formas precedentes) em vez de nonaginta.
2 Cf. o que escrevi in Revue Hispanique, v, 428.