Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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d Ex. : dõu, ando. Soa como em português na pa-
lavra deu. Só existe no principio de palavra (depois
de pausa, de nasal c de /j, e no meio, depois de
nasal ou de consoante que não seja s, \ ou r. Cor-
responde physiologicamente, como consoante sonora,
ao /.
n Ex. : nó. Como em português na palavra não. Só
pôde, como consoante, ser inicial de syllaba. Em
palavras como santo, lindo, mpncas (monco), pongo
(ponho), não é mera resonancia nasal, pois, se denota
que a vogal precedente se nasala, indica também que
entre ella e a consoante seguinte se desenvolve n ou ;/
(§ 7): essas palavras podiam escrever-se sã-nto, lindo,
mõ-i^cas, põ-ngo.
l Ex. : bolar (voar). Como em português na palavra
lapa. Existe em qualquer posição que não sejam as
mencionadas no número seguinte.
i Ex.: caldo, l pai. Só existe em fim de syllaba (geralmente
medial), e quando por si só constitue uma
syllaba, como no artigo / antes de consoante. Este
som existe em português em caldo, sol. Em muitas
localidades de Portugal o / gutturalizado final recebe
uma vogal de apoio (-e, -i, -a) e torna-se puro, por
exemplo em sole (sol). Só em notação phonetica o
representarei como fica indicado,' isto é, por i; no
uso corrente represento-o por /, como na nossa
lingoa litteraria.
d Ex.: codiçofo. Is dedos, Ihiiç dei et elo, tarde. Inter-
vocalico, c depois de s, ç {^) e r. Soa como em por-
tuguês na palavra bode; análogo ao th brando inglês.
Só em notação phonetica o representarei assim, isto é,
por d; no uso corrente represento-o por d, como em
português.