Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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pelo hespanhol; a ditongação do -o não é muito fácil de
explicar: cf. no emtanto o astur. j^oii, e o prov. ioi/,
o ladino /ou; no idioma riodonorês usa-se igualmente
j^õu, e no guadramilês creio que também. — Do lat. me
veiu o mir. me, como de te veiu te, e de se veiu se;
de mi (= mihi) veiu mi (que no português experimentou
a nasalaçáo mim, por inHuencia do m inicial),
como de t i b i veiu //', e de s i b i veiu si (C gS). —
O mir. tu é o lat. tu. — Quanto a migo, tigo, só se
usam juntas com a preposição c u m :
comigo (;; 38),
cumtigo Ol 8o); estas formas provém de mecu-, tecu-
(3 b^-b).—De ille veiu el {% 141-OBs. 2); de illa veiu
éilha (S \^\-ã)\ o plural eilhes presuppóe *illes,
criado por analogia com o singular, como o port. elles,
se não foi formado já no próprio mirandês. — O pronome
le pôde mesmo tornar-se / em ênclise; por ex.
a eilhes md dei nada. — Já a p. 48 fallei do pronome
atono mos, que se observa em phrases como por ex.
máta-mos («mata-nos»j, bei-mos («vê-nos»), dõu-mos pã
(«deu-nos pão»), onde é já accusativo, já dativo; o pronome
mos usa-se também em asturiano", em montanhês
(Santander)% em andaluz, em hespanhol antigo,
e popular moderno, em gallego, e em português ': este
pronome resultou de nos, por influencia da terminação
da I.* pessoa dos verbos, que também acabam em
•mos, como damos, mataremos, bimos, etc; facto aná-
logo se dá no italiano, onde se diz eglino = égli-no,
em que -no resulta da flexão verbal -no, por ex. ; eglino
amano^.—À cerca de nos vid. o que digo na nota 2 do
§ 253. — O pronome reflexo se vera do lat. se.
' B. Vigón, Vocabulário de Colunga, s. v. : "ttios quieren», «xuntámosmoí»,
«dánmoí», etc. ; Munthe, Anteckningar om FalhwMet
i en trakt af vestra Asturien, Upsala 1887, p. 43.
2 Mugica, Dialectos castellaiios, i, p. 20.
3 D. Carolina Michaelis in Roman. Jahresbcricht. i\-, 334-335.
4 Diez, Grammaire des langues romanes, 11, p. 80.
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