29.04.2013 Views

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

224<br />

63. Em várias circumstancias, sobretudo quando na<br />

syllaba seguinte ha a vogal ou semi-vogal / (ej, temos<br />

em mirandês / (metaphonia) : s e r v 1 1 i u - > serbicio<br />

ou serbiço, v í t r e u - > bidro, v í t i u - > bicio. É pos-<br />

sível, porém, que muitas vezes, a respeito <strong>de</strong> palavras<br />

que po<strong>de</strong>m entrar nesta categoria, se trate <strong>de</strong> casos <strong>de</strong><br />

caracter litterario ou semi-litterario, como se vê, com-<br />

parando-se, por exemplo, justiça, do lat. i u s t í t i a<br />

com a forma parallela jusíe:{a.<br />

64. ã) O lat. síne <strong>de</strong>u sí, e não sê', segundo o<br />

§ 52.—F^acto análogo offerece o português, on<strong>de</strong> se diz<br />

sim (só nos dialectos se).<br />

^) Em cum mêcu(m), cum têcu(mj, cum<br />

sêcu(m), que <strong>de</strong>ram respectivamente comigo, cuntigo<br />

e citnsigo (através <strong>de</strong> comego, etc: vid. $ iqS), o ê<br />

mudou-se em /, por analogia com o / <strong>de</strong> mi, si, ti. O<br />

mesmo succe<strong>de</strong>u em português, porém não, como o<br />

Sr. Adolfo Coelho faz suppôr^, por mera evolução pho-<br />

netica do e. — Já no lat. vulgar ha micum: in Vokalism.<br />

<strong>de</strong>r pulgãrlat., <strong>de</strong> Schuchardt, i, 263.<br />

c) A palavra níve- <strong>de</strong>u níebe, pela mesma razão<br />

que em hespanhol <strong>de</strong>u nieve: cf. Meyer-Liibke, Gram.<br />

<strong>de</strong>r rom. Spr., i, § 116; e Cornu, in Romania, xiii, 290.<br />

d) No lat. d i e s , ou melhor, * d i a , que <strong>de</strong>ve ter<br />

existido no latim vulgar da Península, o i (em hiato)<br />

está representado em mir. septentríonal por die, e em<br />

send. por i. Cf. § 66. Mas <strong>de</strong>ve em todo o caso admit-<br />

tir-se que o i era longo (*dTa), e não breve (clássico<br />

í Em hesp. antigo ha effectivamente sen^ que se acha, por exem-<br />

plo, em documentos do sec. xiii: «sen todo <strong>de</strong>partimiento», «sen<br />

culpa», «sen razon». Apud Galindo, Progresos e vicisiiu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>i<br />

idioma castellano, i865, p. 89, nota 4. — A par <strong>de</strong> sen offerece o<br />

hesp. antigo senes e sines; em hesp. mo<strong>de</strong>rno diz- se sin, seme-<br />

lhantemente ao que succe<strong>de</strong> em mirandês e português.<br />

2 Vid. A lingoa portuguesa, 2.» ed., p. 82.<br />

,

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!