29.04.2013 Views

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

19<br />

Deilão, Rio-Frio, Quintanilha, Val-<strong>de</strong>-Fra<strong>de</strong>s, Avella-<br />

noso, S. Martinho-d'Angueira, í^speciosa, Genizio e<br />

Duas-Igrejas. Estu<strong>de</strong>i vários factos da lingoagem <strong>de</strong><br />

todas estas terras, em algumas das quaes me <strong>de</strong>morei<br />

mais <strong>de</strong> um dia. Não foi propriamente estudo circum-<br />

stanciado o que fiz, mas simplez reconhecimento, pois<br />

ainda espero lá voltar.<br />

De Duas-Igrejas continuei o meu caminho, passando<br />

por Sendim e Mogadouro, até tomar outra vez o comboio<br />

do Doiro. Nas al<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Rio-d'Onor e Guadramil<br />

<strong>de</strong>scobri 'dois idiomas ou co-dialectos raianos, que cha-<br />

mei riodonovês e giiadramilès; em Sendim <strong>de</strong>scobri o<br />

sendinês, sub-dialecto do mirandês. Quando digo <strong>de</strong>s-<br />

cobri, enten<strong>de</strong>-se que quero significar que o <strong>de</strong>scobrimento<br />

foi em relação á Glottologia, pois muita gente,<br />

fora das localida<strong>de</strong>s, sabia já da existência <strong>de</strong> taes lin-<br />

goagens, — e até eu parti para essas localida<strong>de</strong>s por<br />

ouvir dizer que havia lá modos especiaes <strong>de</strong> fallar.<br />

Não me <strong>de</strong>tenho na <strong>de</strong>scripção .d'esta nova viagem,<br />

porque isso pouco interesse daria aos leitores; <strong>de</strong>sejo<br />

porém lembrar que encontrei constantemente boa vonta<strong>de</strong><br />

e franqueza, mesmo da parte <strong>de</strong> pessoas que me<br />

não conheciam. Como percorri gran<strong>de</strong> parte da raia,<br />

e estive em povoações on<strong>de</strong> não havia estalagens, tive<br />

muitas vezes <strong>de</strong> recorrer á hospitalida<strong>de</strong> particular, e<br />

esta nunca me faltou. Entre os nomes <strong>de</strong> muitas pes-<br />

soas que podia aqui citar, referirei especialmente os do<br />

j^gy do p e António Caetano Vaz Pereira e <strong>de</strong> seu sobri-<br />

nho o Rev.'^" P.^ Miguel, o <strong>de</strong> meu primo Adriano Leite<br />

Pereira <strong>de</strong> Mello e Vasconcellos, o do Rev.'^° P.^ Alexandre<br />

Barrigão, o <strong>de</strong> Pires Avellanoso, com quem<br />

então tomei relações <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong> que ainda duram, e<br />

os dos meus velhos amigos Dr. Trinda<strong>de</strong> Coelho, que<br />

foi meu condiscipulo <strong>de</strong> coUegio, e P.*-' Manoel Sardi-<br />

nha. A todos o meu aífecto e a minha gratidão, porque<br />

todos me disseram : Nostris succe<strong>de</strong> penatibus hospes<br />

sê bem vindo ás nossas casas!<br />

:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!