29.04.2013 Views

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

299<br />

(= parecira), neçairo (necessário), brano (1. * ver anu-),<br />

andinado (indignado), Pertiial (Portugal), õube<strong>de</strong>nça,<br />

cwicencia, suprior, mercer, jiirdiçõú, alantjano (=<br />

alemtejano), alhabasto (alabastro), ã cas <strong>de</strong> ($ 291).<br />

Observação i.*—A forma Pertual {cora pertués) é<br />

que é propriamente miran<strong>de</strong>sa; as outras encontram-se<br />

geralmente no português popular; jtirdiçôfi correspon<strong>de</strong><br />

ao port. ant. jiirdição.<br />

Observação 2.^— Em grego ha áXájSafjTcç por á/àjSao--<br />

rpoç, mas não foi do grego que a palavra miran<strong>de</strong>sa<br />

alabasto veiu directamente: representa o lat. alabast<br />

r u m , e a sjmcope <strong>de</strong>u-se <strong>de</strong>pois ; o Ih po<strong>de</strong>rá explicar-se<br />

por a-labastro. Esta syncope é <strong>de</strong> certa maneira<br />

o phenomeno inverso do que se <strong>de</strong>u na forma portu-<br />

guesa mastro comparada com a antiga masto; cf. fr.<br />

mod. mât, fr. ant. mast < > ali. Mast. Em mir. diz-se<br />

masíe, que parece indicar como origem o fr. arch. mast;<br />

em tal caso o mirandês conservaria uma forma ainda<br />

mais antiga do que a port. arch. masto. O haver em<br />

nórdico ant. mastr (vid. Kõrting, n.° 5 164) não é mo-<br />

tivo para explicar o r do port. mod. mastro.<br />

Observação 3.^—Em sendinês diz-se dia (< dicat ).<br />

c) Apocope:<br />

O e (i) atono final cae em mirandês <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> con-<br />

soante (excepto m) que possa formar syllaba com a<br />

vogal prece<strong>de</strong>nte, i. é, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> /, r, n, s, j[<br />

— ,<br />

(c, c);<br />

ex. : mar sal, Jiç < feci, posui ><br />

pus: cf. §§ ii3-Obs. 2.*; iiq-Obs. 2.*; e o meu opúsculo<br />

As do Sr. Cândido <strong>de</strong><br />

Figueiredo (anályse crítica), 2.* ed., p. 77, nota 5.<br />

Sem embargo, pô<strong>de</strong> <strong>de</strong> novo dar-se paragoge <strong>de</strong> -e (-í),<br />

como se disse nos SS ii3 e 119.—Nos casos não sujei-<br />

tos ás condições mencionadas, o -e mantem-se, e o -i<br />

também, na forma -e: ame(t) > ame, vesti(t) > beste.<br />

Observação. — A dissimilação causa apocopes, etc.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!