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Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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349<br />

mir. dues cf. o hesp. ant. dues (que mal pô<strong>de</strong> expli-<br />

car-se por ditongação do o <strong>de</strong> dos), e o leonês duas<br />

em Gessner, Das Leonesische, pp. 19-20.—De quat-<br />

tor, lat. vulg. *quattro, veiu quatro, como o port.<br />

quatro, o hesp. cuatro, o ital. quattro, o prov. quatro<br />

e ainda o romeno patru. — Dos idiomas românicos são<br />

o port., o hesp. e o mir. os únicos que oíferecem cmco,<br />

com -o; este -o po<strong>de</strong>rá explicar-se por influencia do u<br />

<strong>de</strong> cinque, forma representada pelo português antigo,<br />

ou por analogia com o o <strong>de</strong> quatro.— Em un<strong>de</strong>ci(m),<br />

*dó<strong>de</strong>cim, tré<strong>de</strong>cim, quattór<strong>de</strong>cim, quín<strong>de</strong>cim,<br />

o -c- <strong>de</strong>u -4- (§ 128); <strong>de</strong>pois houve syncope do e<br />

postonico (§ 70), e reducçao do grupo d':{ a ;[ (§ 142-e);<br />

o -t atono final <strong>de</strong>u -e (S 74): assim temos un<strong>de</strong>ci- ><br />

*ond'{e > ou{e, etc.—A cerca da formação <strong>de</strong> <strong>de</strong>:{aseis,<br />

<strong>de</strong>\asiete, <strong>de</strong>:{uito, <strong>de</strong>:-a}ipbe, que se operou já <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

constituído o mirandês, cf. o que escrevi no meu opús-<br />

culo As íí Lições <strong>de</strong> lingoagemy> do Sr. Cândido <strong>de</strong> Figueiredo,<br />

2.^ ed., pp. 27-30. — Quanto á syncope do<br />

-g- em viginti e nos numeraes seguintes, vid. § i35;<br />

a explicação <strong>de</strong> outros phenomenos phoneticos que se<br />

<strong>de</strong>ram na passagem do latim para o mirandês (e para<br />

os outros idiomas peninsulares) offerece algumas diffi-<br />

culda<strong>de</strong>s, pois, para se explicar binte (em port. vinte).,<br />

parece que se <strong>de</strong>ve admittir * v í g i n t i , com accento<br />

no primeiro /, senão teríamos -ente, porque -ínti tem<br />

o primeiro i breve (todavia o hesp. véinte tem e, apesar<br />

<strong>de</strong> o primeiro / <strong>de</strong> viginti ser longo). Trinta tem a<br />

mesma explicação que binte; a forma tríginta exis-<br />

tiu ^ Para os numeraes seguintes, como elles offerecem<br />

-enta, pô<strong>de</strong> admittir-se a accentuação í n t a , on<strong>de</strong> /_,<br />

por ser breve, <strong>de</strong>u normalmente e (§ 52 2). O lat. vulg.<br />

1 Cf. Grundriss <strong>de</strong>r romanische Philologie, i, Syi.<br />

2 Ha outras palavras em que a penúltima syllaba, por estar,<br />

como esta, em condições especiaes, apesar <strong>de</strong> breve, foi accentuada<br />

no lat. vulg. : intégru, cathédra, etc. (cf. § 147).

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