Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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rr Ex. : torre, riba. Medial ou inicial. Como em
português, quando este não é proferido gutturalmente
(por exemplo, em Setúbal').
r Ex. : chorar. Medial ou final. Como em português.
eh Ex. : chombo. Inicial ou medial. Igual ao eh caste-
lhano, Ouve-se em todo o Norte e Centro de Por-
tugal, e em alguns pontos do Sul.
nh Ex.: leinha. Medial. Como nh português e pro-
vençal e ií castelhano.
Ih Ex. : Ihuç. Inicial ou medial. Como Ih em portu-
guês e provençal e // em castelhano.
X-— Ex. : baixo. Medial ou inicial. Como em Lisboa.
Cf. Revista Lusitana, iv, 22. Pôde ser mais ou menos
palatal, conforme está próximo de /', e, ou de a, o, 11.
j Ex. : jiiiç. Medial ou inicial. Como em Lisboa.
Corresponde physiologicamente, como consoante so-
nora, ao X, modificando-se pois também, como este,
mais palatalmente antes de /, e.
y Ex. :j^ôz/. Inicial ou medial. Como o j^ castelhano
normal em yo. — A cerca do y nos dialectos hespa-
nhoes cf. Schuchardt, in Zeitschrift filr romanische
Philologie, V, 3ii-3i2.
k Ex. : cafa, corda, que, quinta, quiero. Medial ou
inicial. Soa como em português. Represento-o por
I O r guttural, ou mais propriamente uvular, é de facto uma
particularidade da lingoagem de Setúbal, onde elle se ouve quasi
constantemente, tanto na pronúncia das pessoas cultas, como na'
das incultas. —Também se encontra noutras partes do país, mas
de modo avulso.