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Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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333<br />

d) Os nomes acabados em -c formam o <strong>de</strong>minutivo<br />

com substituição d'esse som por -^/co. A. -ç correspon<strong>de</strong><br />

regularmente -{: cf. §§ 37 e i63-Obs. i. — Propriamente<br />

os factos passaram-se assim : como a maior parte das<br />

vezes, senão sempre, o -c na sua origem não era final,<br />

mas seguido <strong>de</strong> vogal palatal (-ce-, -ci-), ficava intervo-<br />

calico se se lhe juntava o suffixo, e por isso sujeito á<br />

lei do § 127; por ex.: cruce- > * crucica > cruiica.<br />

Do mesmo modo se explicam todos os factos semelhan-<br />

tes, tanto em mirandês como noutras lingoas. Criou-se<br />

assim uma fórmula <strong>de</strong> applicação geral.<br />

é) Os nomes acabados em -s formam o <strong>de</strong>minutivo<br />

com substituição d'esse som por -fico. A -s correspon<strong>de</strong><br />

aqui regularmente /; cf. §§ 37 e i63-Obs. i. A explica-<br />

ção theorica é semelhante á que <strong>de</strong>i em d).<br />

f) Nos oxytonos acabados em vogal ou ditongo nasaes<br />

reapparece o n originário, por uma razão análoga<br />

á que <strong>de</strong>i em d). Propriamente o suffixo não se junta<br />

á palavra no seu estado actual, mas á palavra consi<strong>de</strong>rada<br />

no estado phonetico anterior; assim: pane ><br />

pânico; a nasal que se <strong>de</strong>senvolveu em pane, por<br />

n estar seguido <strong>de</strong> e final (§ iio-è), não pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>sen-<br />

volver-se em pânico, pois que n intervocalico naquellas<br />

condições mantem-se (§ 109). Depois criou-se também<br />

uma fórmula <strong>de</strong> applicação geral.— Nos dialectos por-<br />

tugueses do sul diz-se analogamente: canito (<strong>de</strong>minu-<br />

tivo <strong>de</strong> cão)^ botanito (<strong>de</strong>minutivo <strong>de</strong> botão)., tostanito<br />

(<strong>de</strong> tostão), etc; aqui a i<strong>de</strong>ia do n primitivo ficou asso-<br />

ciada á i<strong>de</strong>ia do suffixo <strong>de</strong>minutivo, que propriamente<br />

figura nestes nomes para o espirito como -nito, e não<br />

como simplez -ito.<br />

g) Nos oxytonos acabados em ditongo ou vogal oraes,<br />

e ainda em alguns nomes acabados em vogal oral atona,<br />

o <strong>de</strong>minutivo fórma-se com \-ico, em que entra o elemento<br />

-:{-, que chamarei injixo phonetico. Se o nome é<br />

oxytono, '{-ico junta-se immediatamente á syllaba final,<br />

<strong>de</strong> modo semelhante ao que se viu em a)\ se o nome

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