Estudos de philologia mirandesa - Esycom

142
Pdramo e Paramos— nas províncias hespanholas
de Burgos e Coruna;
Parajuo e Paramos — nas províncias hespanholas
de Burgos, Lugo, Oviedo, Pontcvedra, Coruna,
Palencia e Leão;
Parâmo— na Beira (concelho da Fieira);
Paramio e Paramws— nas províncias hespanholas
de Zamora, Orense e Oviedo;
Parâmio— em Tras-os-Montes;
Paramò—na Beira (concelho de Arouca);
Paramillo—na província hespanhola de Zamora:
isto é, no Norte e Centro de Portugal, na Galliza, nas
Astúrias, no antigo reino de Leão e na Castella -Velha;
ou por outra, no N. e NO. da Península: na região
dos Vacceus, onde ficava Segontia Paramica, na região
Legionense, onde appareceu a inscripção com in parami
aeqiiore, e em regiões vizinhas. Parece concluir-se d'aqui
que paramus era palavra local, e própria do N. e NO.
da Ibéria, porque ficou ainda até hoje ahi enraizada em
nomes de povoações, já directamente, já em derivados.
Tem, pois, boa documentação o nosso paramio de
Tras-os-Montes, citado pelo parocho de Miranda.
Voltemos ao assumpto interrompido.
Testemunho immediato de certa efficacia do referido
ensino do latim em Miranda, temo-lo no mencionado
Bernardo Pereira, que na cidade aprendeu os orudi^
mentos grammaticaes», e depois escreveu várias obras
nessa lingoa, a par de outras em português; este auctor
nasceu em Miranda em 1681, e deu a lume alguns livros,
desde 1719 até lySi '.
» Vid. Barbosa Machado, Bibliotheca Lusitana, s. v.