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Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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404<br />

250. Participios fortes. — Po<strong>de</strong>m classificar-se<br />

segundo os seus suffixos : participios em -/, como feito<br />

< factus; participios em s, como acéfo < accen-<br />

s u s ; participios em -st, como posto < p o s i t u s , etc.<br />

Dos mais notáveis se fallará na secção consagrada aos<br />

verbos auxiliares e irregulares (§ 268 sqq.).<br />

C) FACTOS DIVERSOS<br />

25 1. E claro que pô<strong>de</strong> haver verbos que, <strong>de</strong>ntro do<br />

systema da conjugação miran<strong>de</strong>sa, sejam perfeitamente<br />

regulares, mas que, comparados com os correspon<strong>de</strong>ntes<br />

latinos, apresentem modificações phoneticas: assim, se<br />

<strong>de</strong>bér correspon<strong>de</strong> ao lat. d e b e r e , o pretérito <strong>de</strong>vi<br />

não correspon<strong>de</strong> ao lat. d e b u i , segue a norma mais<br />

geral dos pretéritos da 2.^ conjugação miran<strong>de</strong>sa; no<br />

mesmo caso estão ainda: o presente abro (<strong>de</strong> abrir )^<br />

comparado com o lat. ap'rio (aperio), que normalmente<br />

<strong>de</strong>u na lingoagem pop. port. aibro; o presente<br />

naco (<strong>de</strong> nacer)^ comparado com o lat. nasço, que<br />

<strong>de</strong>u em hesp. ant. nasço e em hesp. mod. na^co; o presente<br />

creço (<strong>de</strong> crecer), comparado com o lat. cresço,<br />

que <strong>de</strong>u em hesp. ant. cresço e em hesp. mod. cre\co^;<br />

' Rufino Lanchetas, ao explicar na Morfologia <strong>de</strong>i verbo cas-<br />

tellayio, Madrid 1897, p. 104, a mudança <strong>de</strong> -sco em -:;co, diz: «el<br />

trânsito <strong>de</strong> uno á otro sonido es facilísimo ; para convertir la s en<br />

f basta a<strong>de</strong>lantar suavemente la lengua un poço y colocaria entre<br />

los dientes». Que a lingoa se move com facilida<strong>de</strong>, não ha dúvida,<br />

pois bastam para isso os seus músculos competentemente ennervados;<br />

o que resta saber é a causa da mudança, e o Sr. Lanchetas<br />

não a indica. Se para a transformação <strong>de</strong> -sco em -:ico fosse suf-<br />

ficiente, como elle pensa, o facto <strong>de</strong> s estar em contacto com c,<br />

<strong>de</strong>via o idioma hespanhol operar aquella transformação sempre<br />

que este contacto se <strong>de</strong>sse; ora não é assim, pois temos mo<strong>de</strong>rnamente<br />

muitas palavras acabadas em -asco, com s, e não com<br />

f,<br />

como: aiiasco, carrasco, frasco, varbasco, Velasco, etc, etc. (e<br />

em -asca, por ex. : borrasca, casca, en/rasca, tasca, etc, etc).

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