Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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c c qii nas mesmas condições que em português,
sendo, como na nossa lingoa, mais ou menos palatal,
conforme estd próximo de / (e f), e, ou de a, o, u.
g Ex. : gata, gote fpequeno seixo rolado), guerra,
seguir. Medial e inicial. Soa como em português.
Corresponde physiologicamente, como consoante so-
nora, ao k, sendo também mais ou menos palatal,
conforme a vogal que se lhe segue. Represento-o
como em português.
w Ex. : wia. Me ^ alto. Medial, isto é, entre nasal
e vogal, quer pertencentes á mesma palavra, quer
a palavras diversas". E o « guttural germânico (allemáo
e inglês 7ig, ex. : lang, long)., ou análogo a elle.
Em português usual pôde ouvir-se em anca (anca;,
lojtgo (longo), mas é muito menos claro que em
mirandês na palavra wia. Nos dialectos do Norte
do reino é elle frequente : assim, por exemplo, nos
arredores de Guimarães diz-se wia como em miran-
dês, àrgãmi ou áw^gíí}ia ou òurguna (= alguma)^.
Em gallego também existe este som na palavra que
habitualmente se escreve imha, e na ultima syllaba
das palavras acabadas em ;/, por ex.: fuii, que se
pronuncia fini ou fi7ti.
g Ex. : fogaça. Soa como em português em fogo, e
apparece nas mesmas condições que nesta lingoa:
intervocalico, e depois de s, l, r. Só em notação
phonetica o representarei assim; na escrita corrente
represento-o por g, como em português litterario.
> É duvidoso se em mirandês se ouve no fim das palavras,
depois de vogal nasal, em pausa, por ex. : cúidá {cúidãtj ?)
í Vid. Dialectos interamnenses, vi, 8, onde, a exemplo de alguns
phoneticistas, representei por w o mesmo som que aqui represento
por r^. Outros representam-no por n.