Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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tónicas, — e se syncopa noutros casos : c a d é r e >
caer (e cav% * m e d u 1 1 u - > miolho, v i d e r e >
ber, 1 i m p i d u - > //í/>«/70, frigi du- >yr/M, fide-
> yè', V a d u - > bau.
ObsfrvaçÁo. — A syncope do d intervocalico é pois
mais restricta em mirandês do que em português, onde
se dá sempre. Nesta última lingoa as palavras rude ou
rudo, e modo, de uso popular, devem ter origem eru-
dita. — Em mir. também ha riido, como em hesp.
107. O D latino final cae: ad > a. E não se admitte
normalmente d final.
Observação. — Neste ponto o mirandês procede como
o port.; em hesp. porém admitte-se -d românico.
N
108. O A'' latino inicial mantem-se; ex.: non > uó
e níí, *narice- > 7Zí2rzç, navigiu- > «íi^/w, *neptu-
> nieto, n o s > nós, n u d u - > nudo.
109. O ^V latino intervocalico, em palavras em que
por queda de e(í) seguinte não se torne final, perma-
nece intacto ; ex. : m
o n e t a - > moneda, m a n u - >
mano, t e n e r e > tener, v e n a t u - > benado, v e -
n i r e > benir, persona- > pessona, per-donare
> perdanar, p 1 e n u - > cheno, germanu- > armano,
c a m i n u - > camino, 1 u n a - > Ihiina, *quercinu-
> Cérceno (p. 76). —Temos pois: -anv- > -ajto, -ana-
> -ana, -inv- > -ino, -ina- > itia.
Observação i.=* — Neste ponto o mirandês está de
accôrdo com o hespanhol, mas afasta-se radicalmente
do português, onde a manutenção do Ji intervocalico
não se dá jamais em palavras primitivas de origem
popular; em palavras derivadas porém o ;/ mantem-se
em português nos dialectos, em certas circumstancias,
como no Sul em canito, de cão, tostanito, de tostão, etc.