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Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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35<br />

mesmo modo se <strong>de</strong>ve escrever (como antigamente se<br />

escrevia, e ainda ha bem pouco tempo Herculano) jc»©?*-<br />

tugués, do lat. Portugale(n)se(m) ^ *portugaês "y-<br />

português, — e todos os nomes semelhantes, francês,<br />

inglês, hollandêsK Como, embora existisse o suffixo<br />

popular -ês, os eruditos restauraram, no uso geral da.<br />

lingoa, o suffixo lat. -ensis sob a forma -e?ise, acon-<br />

tece que temos em Portugal vários nomes <strong>de</strong> terras .<br />

com dois adjectivos geographicos, como bracarense e<br />

braguês, junto <strong>de</strong> mais a mais o primeiro ao thema<br />

da forma antiga Bracara, e o segundo ao da forma<br />

recente Braga; por tanto, <strong>de</strong> Miranda temos igualmente<br />

dois adjectivos, mirandês, ou segundo a pro-<br />

núncia local, mirandês (<strong>de</strong> origem popular), e miran-<br />

<strong>de</strong>nse (<strong>de</strong> origem litteraria) ; com relação ao idioma<br />

indígena emprega-se exclusivamente o primeiro =*.<br />

s {ss). Factos parecidos se <strong>de</strong>ram a respeito do ;f e do som que<br />

neste livro represento por f, que são as sonoras respectivas <strong>de</strong><br />

ç (c -}-.e, i) e <strong>de</strong> 5 {ss). As confusões phoneticas <strong>de</strong> que fallo começaram,<br />

termo médio, pelo sec. xvi.—Visto que a nossa orthographia<br />

é etymologica e tradicional, convém reformar no sentido que<br />

indico as palavras que andam erradas. Este trabalho pertence á<br />

Aca<strong>de</strong>mia das Sciencias ; ella, porém, parece dormitar sob os lou-<br />

ros colhidos no sec. xviii com a publicação do vol. i do Diccionario<br />

da lingoa. Eu, com quanto só por mim não constitua a Aca<strong>de</strong>mia,<br />

já ha muito, <strong>de</strong> par com outros estudiosos, entrei no caminho da<br />

reforma, e com elles prosigo afoutamente, sem receio <strong>de</strong> que se<br />

riam os que nada percebem d'estes assumptos.<br />

1 Ha uma regra geral <strong>de</strong> pronúncia que diz que o -e atono<br />

final, quando está antes <strong>de</strong> -s, se pronuncia surdo: por isso<br />

accentuo o e <strong>de</strong> português. No feminino portuguesa e no plural<br />

portugueses não é preciso accentuar o e, pois que não tem aqui<br />

applicação aquella regra, nem as palavras po<strong>de</strong>m pronunciar-se<br />

<strong>de</strong> outro modo : os que, escrevendo português com é, escrevem<br />

também portuguesa e<br />

menos logicamente.<br />

portugueses com è, proce<strong>de</strong>m por tanto<br />

2 Já que estou tratando <strong>de</strong> sufRxos <strong>de</strong> adjectivos geographicos,<br />

notarei a propósito que elles não se limitam áquelles, mas que ha<br />

outros, como por exemplo<br />

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