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Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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rão', que está no mesmo caso que *lagão. Em algu<br />

mas localida<strong>de</strong>s nossas usa-se a palavra mamóa, para<br />

<strong>de</strong>signar certo monumento archeologico: como já notei<br />

noutro lugar*, esta palavra pô<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar-se como<br />

feminino <strong>de</strong> mamão. — Houve muitos nomes que dcs-<br />

appareceram, e a que só actualmente correspon<strong>de</strong>m<br />

<strong>de</strong>rivados, como Fontainha, que correspon<strong>de</strong> a foutãa,<br />

hoje <strong>de</strong>susado.—A forma miran<strong>de</strong>sa Ihagona ha-<strong>de</strong> ex-<br />

plicar- se como a portuguesa, pois que lhe correspon<strong>de</strong><br />

lettra por lettra. Não é porém por causa da manutenção<br />

do « intervocalico que cito aqui Lhagonica, mas<br />

unicamente por causa do Ih inicial, correspon<strong>de</strong>nte a<br />

/- latino, o que é outro caracter mirandês, em relação<br />

ao português e ao hespanhol.<br />

Disse eu a cima que, salvo certos casos especiaes, o<br />

onomástico <strong>de</strong> uma terra não <strong>de</strong>ve ser differente da<br />

lingoa commum. Estes casos especiaes não são raros,<br />

mas tem fácil explicação. Assim, em Bruxellas, ha uma<br />

rua chamada a <strong>de</strong> Londres»; em Paris ha um boulevard<br />

chamado «<strong>de</strong> Magenta», outro chamado «<strong>de</strong> Sébasto-<br />

pol»; no Porto ha uma rua chamada «<strong>de</strong> Wellesley»: e<br />

nenhum d'estes nomes pertence á lingoa usada nas res-<br />

pectivas cida<strong>de</strong>s, provém <strong>de</strong> circumstancias históricas<br />

ou <strong>de</strong> outras. No estudo do onomástico precisamos <strong>de</strong><br />

dialectal soa e avóa; mó <strong>de</strong> moa: tudo do lat. -óla. — No ono-<br />

mástico geographico da Hespanha ha muitas formas provenientes<br />

<strong>de</strong> ^íic ar io\a:* Figuerola (Oviedo, Tarragona, Lérida, Balea-<br />

res), Figuerolas (Baleares), Figueroles (Castellon <strong>de</strong> la Plana),<br />

Figueruela (Zamora), Figueruelas (Huesca), Higueruela (To-<br />

ledo); embora talvez com algumas incertezas graphicas, estão re-<br />

presentados nestas formas alguns caracteres phoneticos <strong>de</strong> vários<br />

idiomas da Hespanha. Nenhuma d'ellas correspon<strong>de</strong> ao port.-gall.<br />

Figueiroa, mas sim ao port. Figueiró (e Figueirós).<br />

> No onomástico geographico português não conheço esta<br />

forma, mas no <strong>de</strong> Hespanha ha Higueron (Granada, Sevilha) e<br />

Higuerones (Málaga), que provavelmente lhe correspon<strong>de</strong>m.<br />

3 Religiões da Lusitânia, i, 25 1.

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