Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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casa de)'; em catai, diz-se de cá 'l general, de
cá 'ii Brós"^, e, segundo li em jornaes, de casa
la maré, en casa la iieta (tieta, deminutivo de
tia)^ de ca la maré, de casa la tleta^, e ainda,
como eu mesmo ouvi em Barcelona, a ca Voncle
(«a casa do tio»); o Libro de Alexandre tem en
cas^; «en toda Espana se usa e7i ca fulano'^ r>\ o
ital. do Norte tem ca^; finalmente o port. ant.
oíferece numerosos exemplos (como en cas dos
frades, a cas dei rey^ a cas de híiu cavaleyro,
en cas sa madre, etc), que foram já apontados
por Viterbo? e por Diez^, e principalmente colligidos
pelo Sr. J. Cornu9; o port. pop. também
pelo seu lado nos ministra cas de, segundo um
artigo que citei noutro lugar '°. Pode ver-se ainda
sobre o francês, o hespanhol, o florentino e o
veneziano, Nyrop, Grammaire de la langue fran-
çatse, I, 209.— Com tão boa documentação ninguém
estranhará que do lat. vulg. in casa de
< > port. em casa de, mir. a casa de, se chegasse
neste ultimo idioma a ã-cas de e ã-cá, que,
segundo se viu, funccionam como preposições".
1 F. R. Marín, Cantos populares espanoles, i, 82.
2 Nonell, Gramática catalana, pp. 140-141.
3 Vid. por ex. La Veu de Catalunya, de 2 de Abril de 1899.
4 Apud Morei Fatio, in Romania, iv, 41.— Na lingoagem popular
hespanhola ainda hoje se usa cas por casa, segundo diz o Diccio-
nario de la Academia Espatiola, s. v.
5 R. Menéndez Pidal, El bable de Lena, Gijón 1899, P- ^o.
6 Apud Schuchardt in Zeitschrift fúr romanische Philologie,
V, 3o5.
7 Elucidaria, s. v. «cas».
8 Ueber die erste portugiesische Kunst und Hofpoesie, Bonn
i863, p. 123.
9 In Romania, ix, 83-84.
«o In Annuario das tradições populares portuguesas, 1882, p. 85.
II Como illustração do assunto notarei que o phenomeno phonetico
que se deu na passagem de casa para cas e cá se deu tam-