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Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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322<br />

4.* Os nomes acabados cm -uíí formara o<br />

plural em -ones; ex.: coraçõCt— coraçones, scalõú—<br />

scalones;<br />

5.* Os nomes acabados em -ç formam o<br />

plural em -^es; ex.: gaç— ga^es, alferç— al/er:^es,<br />

boç— boies^ pireç— píre:{es '<br />

6.* Os nomes acabados em -s formam o<br />

plural cm -fcs ; cx. : anglés— angléfes.<br />

Vê-se inci<strong>de</strong>ntemente que todas as palavras mirandcsas<br />

acabam no plural em -s. Isto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> em<br />

latim terminar o accusativo masculino e feminino também<br />

em -s.<br />

As principaes regras da formação do plural dos nomes<br />

já tinham sido dadas em 1882 no meu opúsculo<br />

O dialecto mirandês, p. 18.<br />

Observação i.*— Empreguei a cima a expressão<br />

apparentemente, porque em rigor não é, por exemplo,<br />

com a mudança <strong>de</strong> ç em \es que <strong>de</strong> paç se forma o<br />

plural pa^es, pois pa:{es vem do lat. p a c e s ; mas ao<br />

espirito <strong>de</strong> quem falia parece realmente que o plural<br />

se forma assim. E criado o typo, o hábito subordina-<br />

Ihe todos os exemplos semelhantes, <strong>de</strong> modo que até<br />

certo ponto o que num caso é apparencia, noutro é<br />

realida<strong>de</strong> : assim, se pa^es vem <strong>de</strong> p a c e s , a palavra<br />

ga^, por exemplo, que é mo<strong>de</strong>rna, forma o plural por<br />

analogia com as <strong>de</strong> mais, e por tanto com mudança<br />

effectiva <strong>de</strong> -ç em -:^es, d'on<strong>de</strong> ga^es. Mas estes casos<br />

são os menos numerosos, e, como digo, actuaes. A diífe-<br />

rença entre grammatica histórica e grammatica prática<br />

está nisto: aquella expõe os factos taes como realmente<br />

' No meu primeiro opúsculo, O dialecto mirandês, Porto 1882,<br />

escrevi estes ou semelhantes nomes com -j; mas já nas Flores<br />

miran<strong>de</strong>sas. Porto 1884, adoptei ç no fim <strong>de</strong> palavra, segundo a<br />

pronúncia, e escrevi, por ex.: talbéç (p. 12), Ihuç (p. 14), cruç<br />

(P- '7)-<br />

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