Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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secções: Introducção, Grammatica mirandesa (phone-
tica, morphologia, syntaxe), Textos, Materiaes para o
conhecimento do vocabulário mirandês, e Conclusão.
^"oi o meu primeiro livro de philologia.
D'estes trabalhos tomaram conhecimehto os philolo-
gos portugueses e alguns estrangeiros, uns porque eu
lh'os offereci, outros porque os compraram.
Dos nacionaes fallou em especial a respeito d'eiles
o Sr. Prof. Adolfo Coelho in Jornal do Commercio,
n." 8:706 (numa referencia), e o Sr. A. R. Gonçalves
Vianna no Congresso geographico de Paris em 1889,
como consta do respectivo Compte rendu. Paris 1890,
I, 659-660, em que este illustre glottologo também se
refere aos outros idiomas que descobri em Tras-os-
Montes,—o riodonorês e o guadramilês.
Dos philologos estrangeiros fallou na revista Literatur-
blatt fiir germanische und romanische Philologie, i883,
pp. 108-112, num extenso artigo, com que muito me
penhorou e honrou, o Sr. Dr. Hugo Schuchardt, pro-
fessor de Philologia românica na Universidade de Graz.
Sobre o mesmo assumpto appareceram ainda algumas
noticias em jornaes portugueses, italianos, franceses e
hespanhoes, e recebi várias cartas de pessoas auctori-
zadas, como Milá y Fontanals, professor na Universi-
dade de Barcelona, já fallecido, Dr. Francesco d'Ovi-
dio, professor na Universidade de Nápoles, e o principe
L.-Lucien Bonaparte, já fallecido, que se occupava do
estudo das lingoas vivas da Europa, sendo até muito
notáveis os trabalhos delle sobre o vasconço; na Revista
Lusitana, 11, 844, publiquei uns extractos de três das
cartas do principe, intitulados o Notas sobre classifi-
cação de alguns dialectos românicos». De mais a mais,
depois que publiquei esses textos e notícias, a lingoa
mirandesa tem sido citada, quer em trabalhos espe-
ciaes (da Sr.'* D. Carolina Michaèlis, de Munthe,"e de
outros), quer em trabalhos geraes, como: Die roma-
nische Philologie, de F. Neumann, Leipzig 1886, p. 68;