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Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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3i6<br />

micos, hoje meros appellidos, como Diaç, Fernan<strong>de</strong>ç,<br />

Martinç, que correspon<strong>de</strong>m a Dídaci, Ferdinándici,<br />

Martínici, e dos advérbios agora < h a c<br />

hora e dos acabados em -mente (-mkníe) < -mente,<br />

que também tem reflexos em português e hespanhol',<br />

o mirandês possue no onomástico peio menos Constan-<br />

tim, e Sendim, que, como vimos a pp. 78 sqq. e yy,<br />

representam os antigos genetivos Constantini e<br />

S e ndini .<br />

160. Se exceptuarmos o que fica notado, e um ou<br />

outro facto mais, as palavras miran<strong>de</strong>sas provém ordi-<br />

nariamente <strong>de</strong> um caso typico, que correspon<strong>de</strong> ao<br />

accusativo latino (S 42). Digo caso typico, porque, se<br />

uns philologos admittem <strong>de</strong> facto que o accusativo sub-<br />

stituiu os <strong>de</strong> mais casos, outros admittem que todos<br />

elles, em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> equivalências syntacticas (por ex.<br />

<strong>de</strong> porco = porei) e <strong>de</strong> modificações phoneticas (por<br />

ex.: porcu-, porco- = porcu-m)^ se transformaram num,<br />

que não representa um único <strong>de</strong>terminado, mas os representa<br />

a todos. O resultado porém é o mesmo.<br />

— :<br />

Todavia os pluraes como casas, porcos, arvores, só<br />

po<strong>de</strong>m explicar-se pelos accusati vos casas, porcos,<br />

a r b o r e s<br />

.<br />

b) Números<br />

161. As palavras miran<strong>de</strong>sas provém principalmente<br />

da I.*, 2.* e 3.* <strong>de</strong>clinações latinas. Os nomes da 4.* <strong>de</strong>-<br />

clinação latina foram em parte facilmente, na falia vul-<br />

gar dos Romanos, assimilados aos da 2.*, tanto mais<br />

que já no próprio latim litterario havia oscillação entre<br />

essas duas <strong>de</strong>clinações: por ex., versus, da 4.% tem no<br />

« Sobre os vestígios dos casos em português vid. um meu artigo<br />

in Revue Hispanique, 11, 117 sqq., e outro <strong>de</strong> Pedro <strong>de</strong> Azevedo<br />

in O Archeologo Português, iv, 197. A cerca do hespanhol vid.<br />

E. Gorra, Liiigua e lelteratura spagnuoia, p. 89 sqq.

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