29.04.2013 Views

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

33o<br />

d) AUGMENTO E DEMINUIÇÃO<br />

171. Se a lingoa latina dispunha <strong>de</strong> bastantes recur-<br />

sos para formar <strong>de</strong>minutivos <strong>de</strong> substantivos, — por<br />

ex.: arula, tcssella, sigillum, ambulatiuncula<br />

—, não os tinha iguaes para formar augmenta-<br />

tivos, embora se encontre pedo, «<strong>de</strong> pés gran<strong>de</strong>s»,<br />

capito, «<strong>de</strong> cabeça gran<strong>de</strong>», naso, «bem provido<br />

<strong>de</strong> nariz», lábio, «beiçudo», — palavras em que o<br />

augmentativo se forma com o sufF. -on . Pelo contrá-<br />

rio, as lingoas românicas são muito ricas neste ponto.<br />

172. No estudo dos augmentativos e dos <strong>de</strong>minutivos<br />

<strong>de</strong>ve notar-se que umas formas são, a bem dizer, mortas:<br />

quem as emprega não reconhece que emprega um<br />

<strong>de</strong>minutivo ou augmentativo; e que outras estão no caso<br />

opposto. A palavra portuguesa campainha, por exem-<br />

plo, é na origem um <strong>de</strong>minutivo <strong>de</strong> campana (cf.<br />

mir. campanina)\ todavia ella figura hoje para o espirito<br />

<strong>de</strong> quem falia como palavra simplez. No mesmo<br />

caso está gran<strong>de</strong> parte do onomástico geographico; cf.<br />

os nomes portugueses em -ò, ó, (mir. Palaçolo, -olo)^<br />

citados a p. 90; os nomes em -ella, por ex.: Miran-<br />

<strong>de</strong>lia, Paraddla\ citados a pp. 34 e 94.<br />

I. Augmentativos<br />

173. O único suffixo verda<strong>de</strong>iramente vivaz, para formar<br />

augmentativos em mirandês, é -ôii (no fcm. -ona,<br />

% 170-B); correspon<strong>de</strong> ao lat. -one- (SS<br />

i lo-i e 171).<br />

Ex. : çamaiTa — çamatTõú, Manpl — Manolõfi^, mo-<br />

« Para<strong>de</strong>lla, segundo se disse a p. 94, pronuncia-se como em<br />

português. Já se vê que temos aqui influencia d'esta lingoa, senão<br />

a pronúncia miran<strong>de</strong>sa <strong>de</strong>via ser outra {*paradtelha).<br />

» Em ManolõU não se ouve o j> da forma primitiva, porque<br />

este som, como se disse a p. 177, só existe, como creio, em syl-<br />

laba tónica ; ora o o <strong>de</strong> Manolôu é atono.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!