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Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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26 1<br />

cha em que a acção da lei <strong>de</strong> /- > Ih- havia já terminado;<br />

no mesmo caso está lista, que representa o germ. lista,<br />

e liso, que parece ser também germ. (v/lisja-), e lua<br />

(vid. p. 260-nota 2), se esta palavra não veiu <strong>de</strong> Hes-<br />

panha; la<strong>de</strong>inha, e talvez linterna, tem origem eccle-<br />

siastica, e serão pois mo<strong>de</strong>rnas, não obstante termos a<br />

cima Ihampeda, a que igualmente attribui origem eccle-<br />

siastica ; as palavras letj^a, liçôú, se realmente se pronunciam<br />

sem palatização do /-, manifestam do mesmo<br />

modo a sua introducção mo<strong>de</strong>rna, o que se comprehen<strong>de</strong><br />

bem, por isso que a instrucção litteraria come-<br />

çou em Miranda muito tar<strong>de</strong>, como se <strong>de</strong>duz do que<br />

escrevi a p. io5 sqq. ; a palavra lápeç mostrei na p. 260-<br />

nota I, que é <strong>de</strong> origem hespanhola.<br />

Observação 2.^ — No meu opúsculo O dialecto mi-<br />

randês, p. 16, ao tratar do phenomeno <strong>de</strong> que me occupo<br />

aqui, perguntei se a mudança do / inicial em Ih se ope-<br />

raria só em syllaba tónica, e não em syllaba atona: a<br />

consi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> palavras como Iha<strong>de</strong>ira, Ihagar^eiro,<br />

Ihagona, Ihanceiro, Ihatõu, Iheitôú, ou <strong>de</strong> outras como<br />

Ihambér, Ihançar, Ihargar, Ihabar, não é sufficiente<br />

para respon<strong>de</strong>r negativamente á pergunta, porque as<br />

primeiras são <strong>de</strong>rivadas <strong>de</strong> outras em que o / está em<br />

syllaba tónica {Ihado, Ihago, etc), e nas outras podiam<br />

influir ou os primitivos (Ihança)^ ou as flexões em que<br />

o / fica também em syllaba tónica (Ihambo, Ihambes,<br />

Ihamba, Ihambas, etc): todavia, como ha palavras que<br />

não estão em nenhum <strong>de</strong>sses casos, e que tem Ih em<br />

syllaba atona, como Ihabôura, Ihagarta e ainda Ihiôã,<br />

po<strong>de</strong>remos certamente consi<strong>de</strong>rar o phenomeno como<br />

geral.<br />

Observação 3.^— A mudança <strong>de</strong> / inicial em Ih é.<br />

como flisse, um dos caracteres distinctivos do mirandês<br />

normal, em relação ao português e ao hespanhol litte-<br />

rario, on<strong>de</strong> taes phenomenos não se observam; mas, se<br />

ella não se dá no hespanhol, dá-se em alguns dos seus<br />

dialectos. Vejamos vários exemplos:

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