29.04.2013 Views

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

Estudos de philologia mirandesa - Esycom

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

178<br />

q Som fechado; ex.: amigo. Como em português.<br />

Provavelmente, quando oral, nunca pô<strong>de</strong> ser tónico,<br />

ou só raro o será. Nos textos represento-o por a,<br />

como em português.<br />

e Som surdo; ex. : me, como em português. Nunca<br />

é tónico, senão excepcionalmente. Rcpresento-o <strong>de</strong><br />

ordinário por e, como em português; só em casos<br />

susceptíveis <strong>de</strong> dúvida o represento por e.<br />

e Som que participa <strong>de</strong> a e <strong>de</strong> ^,* posso por isso<br />

chamá-lo in<strong>de</strong>ciso ou intermédio. Ex. : tue. Umas vezes<br />

parece soar q, outras parece soar e. Muito semelhante<br />

ao e allemão final em eine, Tage; menos aberto que<br />

o e do francês le. Alguns phoneticistas representam<br />

estes últimos sons por a,* como não <strong>de</strong>sejo empregar<br />

lettras invertidas, adopto e, com quanto pu<strong>de</strong>sse também,<br />

sem gran<strong>de</strong> prejuízo, adotar q. Mandando-se<br />

syllabar uma palavra como sále, on<strong>de</strong> na pronúncia<br />

ordinária se ouve -Õ, este som torna-se -q, assim:<br />

sá-lã (em pausa). Num manuscrito mirandês mo<strong>de</strong>rno<br />

acho simplez e, por ex. : die, mie (na minha notação<br />

diL^, w/t')i — o que não é rigoroso.<br />

;', ?/ Ex. : mari, bpmi (bono). Tem o valor <strong>de</strong> i e u<br />

atonos abafados, como em português'. Diíficilmente<br />

se distinguirão estes sons <strong>de</strong> i e ii atonos. Nos<br />

textos não emprego u, mas ti ou o, como fica dito<br />

a cima (só em notação phonetica empregarei u) ;<br />

mas empregarei por vezes i em fim <strong>de</strong> palavras,<br />

como no citado exemplo mari, para evitar confusões.<br />

Não ha contradicção nesta preferencia do i, e exclu-<br />

são do u, porque, subordinando-me eu á orthogra-<br />

phia portuguesa, sempre que ella não contraria a<br />

I Cf. Gonçalves Vianna, Essai <strong>de</strong> phonétique <strong>de</strong> la langue por-<br />

tugaise, Paris i883, p. 5 e 6.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!