Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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> frade, m a t r e - > madre > 7nai, p a t r e
> padre > pai. — Como em hesp. e port.
A forma yyWe vem de *fradre por dissimila-
ção. De jfiadre e padre passou-se para mai e
pat, talvez por influencia da lingoagem das
crianças: cf. o meu livro Evolução da lingoa-
gem, Porto 1886, p. 74.
STR permanece; ex. : monstrare > mostrar. Cf.
port. e hesp.—Em no s tru- > «osso, vostru-
> bôsso, houve assimilação violenta de tr a s,
por estas palavras serem frequentemente pro-
cliticas. Cf. em port. nosso, posso; em hesp. ant.
nueso, vueso, a par de nosso e vosso; em ast.
nuesa; em dialecto de Bergamasco' nos, vos,
nossa, vossa.
TC em -at'cvm deu -Ig-, através de *ad'go > ádigo,
em binhalgo < vinu- + -aticu- (*vinaticu-).
Vid. § io3-Obs. i).
e)
> cadeira;
mas quadrado < quadratu- (palavra certamente
não popular).—Cf. hesp. cadera (noutro
DR intervocalico > ir; ex. : cathédra-
sentido), port. cadeira.
d'g > g;
d'gare > bingar,
ex. : vindicare > *vindigare > *vin-
d'z > {; ex.: undecim > *OTid\e > oníe.
f) .
NC fica; ex. : i u n c u - > junco.
NQ > nc; ex. : quinque > *kinque > *cinque
> cinco.— A forma *cinque resulta da antecedente
por dissimilação, e é commum ao romanço
I Apud G. Papanti, I parlari italiani, Livorno 1875, p. i3.
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