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Estudos de philologia mirandesa - Esycom

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XIV<br />

A p. 7 diz que Diiis vem do hespanhol Diós. A mais<br />

elementar phonetica fa-Iohia ver que isso não pô<strong>de</strong> ser.<br />

Cf. a minha Grammatica, ;]<br />

5i.<br />

A p. H diz que suòlo vem do hespanhol suelo. Ora<br />

o que é certo é que as duas vem da mesma latina, e<br />

não uma da outra. Ainda assim, mais natural seria <strong>de</strong>-<br />

duzir sudo <strong>de</strong> suolo!<br />

A p. 7 dá nuômc como mirandês usual, o que não é<br />

justo.<br />

A p. 8, nota i8, diz que os Miran<strong>de</strong>ses formam em<br />

-ones o plural dos nomes acabados em -Õ, por seguirem<br />

a regra do hespanhol ! Se elle possuisse umas noções <strong>de</strong><br />

phonologia miran<strong>de</strong>sa, não enunciaria tal erro. — Cf. a<br />

minha Grammatica, p. 3 19.<br />

A p. y diz que itierna é hespanhol ! Ora<br />

em hespa-<br />

nhol diz-se eterna.<br />

A pp. lo-ii diz que fia se pronuncia em todo o dis-<br />

tricto <strong>de</strong> Bragança como «uma só syllaba». Não é exa-<br />

cto ; esta palavra pronuncia-se wia, com um n guttural<br />

<strong>de</strong>pois da nasal, o que faz duas syllabas. Mas, mesmo<br />

que em algumas partes se diga iía, ella tem já duas<br />

syllabas, e não uma!<br />

A pp. 11-12 diz que a forma estremenha nã, que se<br />

ouve em «nã quero», é antiga, e que representa a<br />

phase anterior <strong>de</strong> não; alem d'isso compara o -ã <strong>de</strong><br />

não como o do mirandês chama. Não é exacta nem a<br />

explicação, nem a comparação. A forma nã é que vem<br />

<strong>de</strong> não, como mã em maucheia ; a reducção do ditongo<br />

a símplez vogal nasal resulta apenas da próclise; em<br />

pausa ninguém na Extremadura diz nã, mas não: cf.<br />

a minha Grammatica, p. 45 1. O mirandês chama tem<br />

•ã porque vem do latim claman(t).

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