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emigração e retorno no porto oitocentista - Repositório Aberto da ...

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Jorge Fernandes Alves – Os Brasileiros, Emigração e Retor<strong>no</strong> <strong>no</strong> Porto Oitocentista<br />

Quadro 4.6 - Clandestini<strong>da</strong>de (sem passaporte) em navios<br />

saídos pela barra do Douro<br />

A<strong>no</strong> Embarcação Legais Clandesti<strong>no</strong>s Total % Clandesti<strong>no</strong>s<br />

1856 Flor <strong>da</strong> Maia 36 8 44 22,22<br />

1859 Monteiro 2º 80 24 104 30,00<br />

1861 Amizade 188 8 196 4,26<br />

1861 Camponesa 121 9 130 7,44<br />

1861 Carolina 81 4 85 4,94<br />

1861 Castro II 178 36 214 20,22<br />

1861 Faria 1º 116 6 122 5,17<br />

1862 Helena 45 11 56 24,44<br />

1863 Santa Clara 89 15 104 16,85<br />

1863 Venturosa 50 1 51 2,00<br />

1864 África 138 1 139 0,72<br />

1864 Esperança 25 3 28 12,00<br />

1864 Joaquina 132 1 133 0,76<br />

1864 Nova Fama 302 2 304 0,66<br />

1871 Tentadora 176 7 183 3,98<br />

Totais 1757 136 1893 7,74<br />

Fonte : AGCP, Correspondência expedi<strong>da</strong><br />

Correspondência recebi<strong>da</strong><br />

Por exemplo, o caso <strong>da</strong> barca Monteiro II é uma situação-limite, que levou,<br />

inclusivamente, à suspensão do "Encarregado <strong>da</strong> Visita <strong>da</strong> Polícia dos Navios" e à<br />

elaboração de um inquérito. Este escân<strong>da</strong>lo, de resto, ocorre em paralelo com o <strong>da</strong> Duarte<br />

IV, que levava 110 passageiros, também com suspeitas de alguns destes irem engajados<br />

com contratos clandesti<strong>no</strong>s, mas ao qual não foi possível fazer visita <strong>no</strong> desembarque;<br />

quanto à barca Monteiro 2º, levava 80 passageiros, dos quais 36 eram engajados, embora<br />

12 se apresentassem como livres e os 24 citados sem passaportes. Ambas as embarcações<br />

procediam a uma leva de colo<strong>no</strong>s para Cantagalo, em 1859, destina<strong>da</strong> ao barão de Nova<br />

Friburgo e detecta<strong>da</strong> por uma informação do Gover<strong>no</strong> Civil do Porto para o Consulado <strong>no</strong><br />

Rio de Janeiro, com base na denúncia de Andrade Villares, engajador rival, que trabalhava<br />

para a Agência Central de Colonização, ao qual tinham sido feitas acusações públicas por<br />

aliciação desvantajosa para os colo<strong>no</strong>s, e que agora se mostrava preocupado em evidenciar<br />

as práticas igualmente ilegais dos outros engajadores, com quem disputava o mercado <strong>da</strong><br />

aliciação. A organização desta denúncia torna-se mais evidente com o facto de o consulado<br />

do Rio ter sido avisado por um correspondente de Villares <strong>da</strong> chega<strong>da</strong> <strong>da</strong>s embarcações<br />

com colo<strong>no</strong>s clandesti<strong>no</strong>s, paralelamente à denúncia do Gover<strong>no</strong> Civil do Porto que tinha<br />

seguido pelo vapor, antecipando-se ao desembarque dos veleiros em causa. De resto, <strong>no</strong><br />

inquérito que se seguiu, Villares confirma a denúncia para "bem e credito <strong>da</strong> Companhia<br />

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