15.04.2013 Views

emigração e retorno no porto oitocentista - Repositório Aberto da ...

emigração e retorno no porto oitocentista - Repositório Aberto da ...

emigração e retorno no porto oitocentista - Repositório Aberto da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Jorge Fernandes Alves – Emigração e Retor<strong>no</strong> <strong>no</strong> Porto Oitocentista 218<br />

que está estreitamente ligado às dificul<strong>da</strong>des económicas de origem e que cresce à<br />

medi<strong>da</strong> que lhe são concedi<strong>da</strong>s facili<strong>da</strong>des para a parti<strong>da</strong>, <strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente a possibili<strong>da</strong>de<br />

de pagamento posterior <strong>da</strong> viagem e depois, a partir dos a<strong>no</strong>s 70, a subsidiação <strong>da</strong>s<br />

viagens pelo gover<strong>no</strong> brasileiro, agora como forma de atrair imigração livre.<br />

Paralelamente assistimos ao natural declínio do modelo tradicional, a do jovem solteiro,<br />

que partia com "arrumação" garanti<strong>da</strong> ou supostamente facilita<strong>da</strong> pelas redes tradicionais.<br />

%<br />

100<br />

Gráf. 5.6 - Emigração do Distrito do Porto - Estado civil<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

l8<br />

36<br />

l8<br />

39<br />

l8<br />

42<br />

l8<br />

45<br />

Sexo femini<strong>no</strong><br />

l8<br />

48<br />

l8<br />

51<br />

l8<br />

54<br />

l8<br />

57<br />

l8<br />

60<br />

l8<br />

63<br />

l8<br />

66<br />

l8<br />

69<br />

Viúvas Cas. Solt.<br />

Se analisarmos o mesmo tipo de repartição para o sexo femini<strong>no</strong> (Gráf. 5.6), já<br />

não vislumbramos a evolução acima detecta<strong>da</strong>, pelo me<strong>no</strong>s de forma tão níti<strong>da</strong>. Há, de<br />

facto um peque<strong>no</strong> acentuar <strong>da</strong>s mulheres casa<strong>da</strong>s <strong>no</strong>s finais <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 70,<br />

correspondendo ao incremento <strong>da</strong> <strong>emigração</strong> familiar já atrás referi<strong>da</strong>.<br />

Mas a <strong>emigração</strong> feminina sempre se processou, na sua maior parte, inseri<strong>da</strong> neste<br />

modelo, por acompanhamento do marido ou por reagrupamento posterior, por isso o<br />

aumento absoluto na parti<strong>da</strong> de mulheres não implica uma diferente repartição<br />

percentual, mantendo-se os níveis relativos, embora com uma configuração mais<br />

oscilante ao longo do tempo. Sublinhe-se que a maior nitidez <strong>da</strong> mancha correspondente<br />

às viúvas (3 a 5%), em comparação com o que acontecia em idêntica situação para o sexo<br />

masculi<strong>no</strong>, tem a sua origem exclusivamente <strong>no</strong> me<strong>no</strong>r volume <strong>da</strong> <strong>emigração</strong> feminina.<br />

Neste ponto importa recuperar a questão <strong>da</strong>s diferentes consequências <strong>da</strong><br />

<strong>emigração</strong> de casados/as, quer produzindo a fragmentação conjugal, quer a eventuali<strong>da</strong>de<br />

de retira<strong>da</strong> total <strong>da</strong> família e respectivo corte umbilical com a terra de parti<strong>da</strong>. Esta última<br />

l8<br />

72<br />

l8<br />

75<br />

l8<br />

78<br />

l8<br />

89<br />

l8<br />

99

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!