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emigração e retorno no porto oitocentista - Repositório Aberto da ...

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Jorge Fernandes Alves – Emigração e Retor<strong>no</strong> <strong>no</strong> Porto Oitocentista 223<br />

a<strong>no</strong>s, supondo que os indicadores de 1889 e 1899 se possam generalizar. Naturalmente<br />

haverá sempre a suspeição de uma clandestini<strong>da</strong>de eleva<strong>da</strong>, ao que parece forte a partir<br />

de 1878, pondo em causa precisamente as i<strong>da</strong>des relaciona<strong>da</strong>s com o recrutamento.<br />

Se optarmos pela média aritmética <strong>da</strong> distribuição estatística <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des,<br />

conglomerando to<strong>da</strong>s as situações, emergem diferenças assinaláveis. Inicialmente, a<br />

i<strong>da</strong>de média acompanha de perto a mo<strong>da</strong>, situando-se <strong>no</strong>s 18-19 a<strong>no</strong>s, na déca<strong>da</strong> de 30.<br />

Posteriormente e até 1855, oscila entre os 20-25 a<strong>no</strong>s, evidenciando ain<strong>da</strong> a forte<br />

juventude <strong>da</strong> corrente emigratória. A partir <strong>da</strong>í a tendência é niti<strong>da</strong>mente para subir, lenta<br />

mas continuamente, fixando-se na casa dos 30 a<strong>no</strong>s pelo final dos a<strong>no</strong>s setenta, nível em<br />

que permanece na fase finissecular. Este afastamento progressivo <strong>da</strong> i<strong>da</strong>de média em<br />

relação à mo<strong>da</strong>, evidencia a crescente dispersão etária <strong>da</strong> <strong>emigração</strong>, que deixa de estar<br />

concentra<strong>da</strong> num grupo de i<strong>da</strong>des determinado, revelando sobretudo o envelhecimento do<br />

fluxo migratório.<br />

A evolução etária, numa perspectiva de análise de porme<strong>no</strong>r, precisa, porém, de<br />

ser observa<strong>da</strong> através de outra técnica. A mais adequa<strong>da</strong> é, sem dúvi<strong>da</strong>, a observação<br />

gráfica <strong>da</strong> pirâmide de i<strong>da</strong>des, que permite, de imediato, a observação quantitativa e<br />

relativa <strong>da</strong> distribuição dos grupos quinquenais de i<strong>da</strong>des pelos emigrantes dos dois<br />

sexos. A ela recorremos, num processo sucedâneo, desenhando uma pirâmide por déca<strong>da</strong>,<br />

de forma a que uma leitura de conjunto permita inferir rapi<strong>da</strong>mente as mutações na sua<br />

configuração (Gráf. 5.8).

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