15.04.2013 Views

emigração e retorno no porto oitocentista - Repositório Aberto da ...

emigração e retorno no porto oitocentista - Repositório Aberto da ...

emigração e retorno no porto oitocentista - Repositório Aberto da ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Jorge Fernandes Alves – Emigração e Retor<strong>no</strong> <strong>no</strong> Porto Oitocentista 231<br />

do distrito, apesar de alguma compensação por entra<strong>da</strong>s. Há, assim, um impressionante<br />

deficit do sexo masculi<strong>no</strong>, pois desde os 16 a<strong>no</strong>s até à i<strong>da</strong>de <strong>da</strong> velhice, o desequilíbrio<br />

oscila sempre entre os 20/30 homens a me<strong>no</strong>s por ca<strong>da</strong> centena de mulheres, numa<br />

evidência clara dos efeitos <strong>da</strong> <strong>emigração</strong> na desestruturação demográfica <strong>da</strong> região.<br />

Quadro 5.7 - Taxas de <strong>emigração</strong> por i<strong>da</strong>des<br />

e relações de masculini<strong>da</strong>de<br />

Distrito do Porto, 1864 e 1878<br />

Grupos Taxas de <strong>emigração</strong> - ‰ Relações de<br />

de 18 64 18 78 masculini<strong>da</strong>de<br />

I<strong>da</strong>des H M H M 1864 1878 C. Tipo<br />

0-5 0,8 0,5 1,4 1,6 100 102 102,3<br />

6-l0 1,3 0,5 2,4 1,4 103 105 102,4<br />

ll-l5 34,1 0,8 10,2 1,0 103 104 102,8<br />

l6- 20 5,5 0,4 4,3 1,8 68 82 103,3<br />

2l- 24 13,9 1,2 23,0 3,8 72 80 103,9<br />

26-30 16,6 1,7 25,9 3,0 71 75 104,7<br />

3l- 35 25,4 1,6 28,5 3,0 74 77 105,6<br />

36-40 13,7 0,8 23,0 1,5 72 73 106,2<br />

4l- 45 12,8 1,4 24,7 1,7 78 73 105,8<br />

46-50 6,5 0,5 13,5 0,8 77 71 104,0<br />

5l- 55 5,4 0,4 12,7 0,9 81 74 101,0<br />

56-60 1,9 0,3 5,7 0,6 74 73 97,2<br />

6l- 65 1,6 0,2 3,7 1,0 84 82 92,9<br />

66 0,7 1,1 0,1 79 72 88,5<br />

To<strong>da</strong>s 10,6 0,8 11,7 1,7 82 85<br />

Mas o importante aqui é chamarmos a atenção, na linha do que afirmamos acima,<br />

para o cruzamento <strong>da</strong>s duas curvas: a de 1864, apresenta uma maior concavi<strong>da</strong>de na fase<br />

anterior aos 20 a<strong>no</strong>s, enquanto a de 1878 se torna mais escava<strong>da</strong> a partir dos 36,<br />

mostrando nestes grupos uma maior incidência emigratória. O sentido deste<br />

desnivelamento, embora possa ser produto de vários factores, ilustra a sucessão dos dois<br />

tipos de <strong>emigração</strong> sugeridos pelas estatísticas dos registos de passaportes: a<br />

preponderância inicial <strong>da</strong> <strong>emigração</strong> jovem, a deixar marcas <strong>no</strong>s respectivos escalões<br />

etários, e o seu posterior abran<strong>da</strong>mento, a partir de 1877, que, apesar <strong>da</strong> proximi<strong>da</strong>de<br />

temporal, surge já indiciado na curva <strong>da</strong>s relações de masculini<strong>da</strong>de de 1878, não<br />

obstante o eventual incremento <strong>da</strong> clandestini<strong>da</strong>de nestas i<strong>da</strong>des e por esta época.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!