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emigração e retorno no porto oitocentista - Repositório Aberto da ...

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Jorge Fernandes Alves – Emigração e Retor<strong>no</strong> <strong>no</strong> Porto Oitocentista 199<br />

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Gráf. 5.2 - Distrito do Porto: Taxas Brutas de Emigração<br />

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e Médias Móveis<br />

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TBE M.móvel<br />

A primeira tentação explicativa é, naturalmente, relacionar os picos migratórios<br />

com a cro<strong>no</strong>logia <strong>da</strong>s crises nacionais, hoje bem conheci<strong>da</strong>s e documenta<strong>da</strong>s,<br />

<strong>no</strong>mea<strong>da</strong>mente por David Justi<strong>no</strong> 22 , principalmente os de 1855 e o de 1891 que encaixam<br />

em períodos de reconheci<strong>da</strong> dificul<strong>da</strong>de, pois o de 1872 já se situa numa fase de<br />

recuperação. Essas dificul<strong>da</strong>des, marca<strong>da</strong>s por grande elevação de preços, coincidiram<br />

mesmo com agitações populares na ci<strong>da</strong>de do Porto, evidenciando o mal-estar social<br />

então vivido. Mas a <strong>emigração</strong> é um fenóme<strong>no</strong> de relação e por isso não é possível falar<br />

dos fluxos migratórios sem referir as condições do espaço de acolhimento. E nesse<br />

aspecto, pode referir-se que os crescendos emigratórios coincidem com fases de expansão<br />

<strong>da</strong> eco<strong>no</strong>mia brasileira, facto que motivou a implementação de políticas de atracção de<br />

mão-de-obra europeia: os a<strong>no</strong>s 50 são marcados, como já referimos em capítulo anterior,<br />

pelos subsídios do Estado para a introdução de colo<strong>no</strong>s, na sequência do fim do tráfico <strong>da</strong><br />

escravatura e como resposta a um período de grande progresso, não só nas plantações<br />

como nas obras públicas; <strong>no</strong> final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 60, apesar de ain<strong>da</strong> durar a guerra com o<br />

Paraguai, já se sentia a vitória brasileira, vivia-se o surto <strong>da</strong> cultura algodoeira face à<br />

22 Cf. JUSTINO, David, A Formação do Espaço Económico Nacional, Portugal 1810-1913, 2º volume,<br />

Lisboa, Vega,1989, pp. 49-94.<br />

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