15.05.2013 Views

Cálculo Numérico - Engenharia Civil UEM

Cálculo Numérico - Engenharia Civil UEM

Cálculo Numérico - Engenharia Civil UEM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

CAPÍTULO 13. SOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS 467<br />

<br />

Teorema 13.5 (a) Se V (x, y) é uma função discreta (de malha) definida sobre Rδ ∂Rδ e satisfaz<br />

então,<br />

então,<br />

(b) Alternativamente, se V (x, y) satisfaz<br />

∆δV (x, y) ≥ 0, ∀(x, y) ∈ Rδ,<br />

max V (x, y) ≤ max V (x, y).<br />

(x,y)∈Rδ<br />

(x,y)∈∂Rδ<br />

∆δV (x, y) ≤ 0, ∀(x, y) ∈ Rδ,<br />

min V (x, y) ≥ min V (x, y).<br />

(x,y)∈Rδ<br />

(x,y)∈∂Rδ<br />

Prova: Provaremos a parte (a) por contradição. Suponhamos que em algum ponto P0 ≡ (xr, ys) de Rδ<br />

temos V (P0) = M0 onde M0 ≥ V (P ), ∀P ∈ Rδ e M0 > V (P ), ∀P ∈ ∂Rδ.<br />

Sejam<br />

Então, usando (13.75) podemos escrever<br />

∆δV (P0) ≡ V (P1) + V (P2)<br />

h 2<br />

P1 = (xr + h, ys),<br />

P2 = (xr − h, ys),<br />

P3 = (xr, ys + k) e<br />

P4 = (xr, ys + k).<br />

+ V (P3) + V (P4)<br />

k 2<br />

Mas, por hipótese, temos ∆δV (P0) ≥ 0, de modo que<br />

M0 = V (P0) ≤<br />

1<br />

1/h 2 + 1/k 2<br />

<br />

1<br />

h2 V (P1) + V (P2)<br />

+<br />

2<br />

1<br />

k2 <br />

1 1<br />

− 2 +<br />

h2 k2 <br />

V (P0).<br />

<br />

V (P3) + V (P4)<br />

. (13.87)<br />

2<br />

Como M0 ≥ V (Q), ∀Q ∈ Rδ ∪∂Rδ, implica que V (Pν) = M0 para ν = 1, 2, 3, 4, pois se V (Pν) < M0<br />

para algum ν = 1, 2, 3, 4 então (13.87) implica o seguinte:<br />

1<br />

M0 = V (P0) <<br />

1/h2 + 1/k2 <br />

1<br />

h2 M0 + M0<br />

+<br />

2<br />

1<br />

k2 <br />

M0 + M0<br />

= M0<br />

2<br />

o que leva a uma contradição pois M0 não pode ser estritamente menor do que ele mesmo. Lembre-se<br />

que estamos supondo que M0 é o máximo de V em todo o domínio e portanto V (Q) ≤ M0 ∀Q.<br />

Agora, repetimos esse argumento para cada um dos pontos interiores Pν no lugar de P0. Por repetição,<br />

cada ponto de Rδ e ∂Rδ aparece como um dos pontos Pν para algum correspondente P0. Assim,<br />

concluímos que<br />

V (P ) = M0 para todo P ∈ Rδ ∪ ∂Rδ,<br />

o que contradiz a hipótese que V < M0 em ∂Rδ. Daí, a parte (a) do teorema segue. 1<br />

Para provar a parte (b), podemos repetir o argumento acima. Entretanto, é mais simples recordar<br />

que<br />

1 Na verdade provamos mais que isso. Provamos que se o máximo, no caso (a) ou o mínimo, no caso (b), de V (x, y)<br />

ocorre em Rδ, então V (x, y) é constante em Rδ e ∂Rδ.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!