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Cálculo Numérico - Engenharia Civil UEM

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CAPÍTULO 3. EQUAÇÕES NÃO LINEARES 58<br />

✻<br />

−2 ¯x −1<br />

6<br />

4<br />

2<br />

Figura 3.5<br />

É claro observando-se a Figura 3.5 que as duas curvas se interceptam apenas duas vezes. Portanto<br />

a equação dada tem precisamente duas raízes. Uma raiz ¯x no intervalo (−2, −1) e outra no intervalo (0, 1).<br />

Este último exemplo ilustra bem a razão da utilização de métodos númericos para determinar a solução<br />

de equações não lineares. Ao contrário dos exemplos anteriores, onde foi razoavelmente fácil determinar<br />

as raízes da função dada, aqui fica difícil dizer com exatidão qual é o valor de ¯x tal que f(¯x) = 0.<br />

Para descrevermos um método numérico extremamente simples, e de fácil compreensão, suponha que<br />

f(x) seja uma função contínua em [a, b]. Pelo Teorema 3.1, temos que se f(x) em x = a e x = b tem<br />

sinais opostos, então f(x) tem no mínimo um zero em [a, b]. Esse resultado fornece um caminho simples,<br />

mas efetivo, para encontrar a localização aproximada dos zeros da f. Considere novamente a equação do<br />

exemplo 3.5, isto é, f(x) = (x + 1) 2 e (x2 −2) − 1. Valores de f(x) para x = −3, −2, . . . , 3 estão contidos<br />

na tabela a seguir:<br />

x −3 −2 −1 0 1 2 3<br />

f(x) 4385.5 6.4 −1.0 −0.9 0.5 65.5 17545.1<br />

A função portanto possui zeros no intervalo [−2, −1] e [0, 1]. (Note que o mesmo resultado foi obtido<br />

graficamente). Estamos agora em condições de descrever um método numérico, conhecido como Método<br />

da Bissecção, o qual reduz o comprimento do intervalo que contém a raiz, de maneira sistemática.<br />

Considere o intervalo [a, b] para o qual f(a) × f(b) < 0. No método da bissecção calculamos o valor<br />

da função f(x) no ponto médio: x1 = a + b<br />

2<br />

. Portanto existem três possiblidades. Primeiramente, ficaríamos<br />

felizes, (embora seja quase impossível), se o valor da função calculado no ponto x1 fosse nulo,<br />

isto é: f(x1) = 0. Nesse caso x1 é o zero da f e não precisamos fazer mais nada. Em segundo lugar, se<br />

f(a) × f(x1) < 0, então f tem um zero entre a e x1. O processo pode ser repetido sobre o novo intervalo<br />

[a, x1]. Finalmente, se f(a) × f(x1) > 0, segue que f(b) × f(x1) < 0, desde que é conhecido que f(a) e<br />

f(b) têm sinais opostos. Portanto f tem um zero entre x1 e b, e o processo pode ser repetido com [x1, b].<br />

A repetição do método é chamado iteração e as aproximações sucessivas são os termos iterados. Assim,<br />

o método da bissecção pode ser descrito como:<br />

Para k = 1, 2, . . ., faça:<br />

xk =<br />

⎧<br />

⎨<<br />

0 então b = xk ,<br />

Se f(a) × f(xk)<br />

⎩<br />

> 0 então a = xk .<br />

¯x 1<br />

a + b<br />

2<br />

Uma interpretação geométrica do método da bissecção é dada na Figura 3.6.<br />

y1<br />

y2<br />

.<br />

2

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