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Untitled - Universidade do Minho

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Entre 1777-1819, os lega<strong>do</strong>s mostraram-se mais expressivos entre os rendimentos da<br />

Ordem Terceira, indican<strong>do</strong> a importância da instituição como propicia<strong>do</strong>ra de bens de salvação<br />

para os fiéis (cf. Livro 2, Cap. 6).<br />

Na categoria “outros” foram arrola<strong>do</strong>s as vendas diversas realizadas pela agremiação,<br />

parcelas entregues <strong>do</strong> liqui<strong>do</strong> das contas <strong>do</strong>s síndicos e o recebimento de aluguéis de<br />

residências.<br />

5.2 - Os empréstimos de dinheiro<br />

Para conhecer os empréstimos realiza<strong>do</strong>s pela Ordem Terceira de Braga foi necessário<br />

avaliar os livros elabora<strong>do</strong>s principalmente pelos tesoureiros. Algumas lacunas na <strong>do</strong>cumentação<br />

impossibilitam a análise para to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong>, porém as fontes permitem avaliar parte <strong>do</strong><br />

gerenciamento econômico da instituição.<br />

Entre as fontes de rendimento, anotadas pelos tesoureiros, encontravam-se os lega<strong>do</strong>s,<br />

instituí<strong>do</strong>s entre os séculos XVII e XIX (cf. Livro 2, Cap. 8). Os valores deixa<strong>do</strong>s à instituição<br />

propiciaram o crescimento <strong>do</strong> sodalício, tanto material quanto espiritual, pois possibilitaram a<br />

construção da igreja e o incremento de cerimônias litúrgicas diversas.<br />

Estas quantias, entregues ao tesoureiro, deveriam ser empregadas no pagamento das<br />

missas requisitadas, no decorrer <strong>do</strong>s anos. Para rentabilizar os valores recebi<strong>do</strong>s, os irmãos<br />

terceiros emprestavam o dinheiro mediante cobrança de juros anuais. Atividade bastante comum<br />

entre as instituições religiosas e leigas <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, o fornecimento de crédito sob a cobrança de<br />

juros visava obter rendimentos constantes, amplian<strong>do</strong> o montante recebi<strong>do</strong>. 18 Também, a Ordem<br />

secular em São Paulo realizava empréstimos de dinheiro no intuito de rentabilizar o montantes<br />

arrecada<strong>do</strong>s com lega<strong>do</strong>s. Contu<strong>do</strong>, essa atividade não constava entre os seus principais<br />

rendimentos (cf. Livro 3, Cap. 5).<br />

18 Entre os empréstimos realiza<strong>do</strong>s em Lisboa, as instituições religiosas destacavam-se entre os cre<strong>do</strong>res. A respeito da<br />

atividade creditícia em Lisboa ler ROCHA, Maria Manuela – Crédito priva<strong>do</strong> em perspectiva comparada (Séculos XVII-<br />

XIX). Lisboa: GHES, 1998. Policopia<strong>do</strong>. Sobre os empréstimos realiza<strong>do</strong>s por outras instituições religiosas e<br />

agremiações de leigos consultar AMORIM, Inês – Patrimônio e crédito: Misericórdia e Carmelitas de Aveiro (séculos<br />

XVII- XVIII). Análise Social. vol. XLI. (2006). 709. Pelo menos desde o século XVII, as irmandades tornaram-se<br />

importantes entidades creditícias em Portugal. PENTEADO, Pedro – Confrarias. In AZEVEDO, Carlos Moreira. (Dir.) –<br />

História Religiosa de Portugal. vol. 1. Lisboa: Círculo de Leitores, 2000. pp. 332-333.<br />

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