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Untitled - Universidade do Minho

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esponsabilizava-se por exortar os fiéis nesta cerimônia, caben<strong>do</strong>-lhe a responsabilidade de<br />

realizar o sermão nesse dia. 44<br />

A cerimônia <strong>do</strong> lava-pés ocorria pelo menos desde 1740 na igreja da Ordem Terceira,<br />

pois nesta data os irmãos da Mesa acordaram fazer o lava-pés na forma habitualmente<br />

realizada. 45 Contu<strong>do</strong>, os <strong>do</strong>cumentos não revelam o momento exato em que iniciaram a<br />

celebração dessa cerimônia.<br />

Os irmãos terceiros lisboetas também faziam o lava-pés, sen<strong>do</strong> o ministro assisti<strong>do</strong> por<br />

toda a Mesa. A presença <strong>do</strong>s outros gestores durante a cerimônia se justificava, pois<br />

consideravam o lava-pés um ato “que tanto edifica aos que a elle estão presentes”. 46 A Ordem<br />

Terceira, em Lisboa, também realizava o lava-pés em seu hospital. Nesse local, a cerimônia<br />

decorria num jantar realiza<strong>do</strong> na quinta-feira da Semana Santa com a presentaça de 13<br />

mulheres hospitalizadas e a enfermeira-mor. Nessa refeição, a enfermeira-mor ainda distribuía<br />

uma toalha de linho e 480 réis as mulheres desfavorecidas. 47<br />

Em Braga, a igreja da Ordem Terceira não contava anualmente com a cerimônia <strong>do</strong> lava-<br />

pés. Os motivos para a inconstância dessa celebração foi lembra<strong>do</strong>, em 1786, pelos irmãos <strong>do</strong><br />

Definitório quan<strong>do</strong> decidiram retirar os gastos com o lava-pés <strong>do</strong>s defini<strong>do</strong>res. Nos estatutos o<br />

patrocício dessa cerimônia ficava sob a responsabilidade <strong>do</strong>s irmãos da Mesa, o que provocava a<br />

regular desistência na realização da cerimônia. Muitas vezes, os defini<strong>do</strong>res optavam por não<br />

celebrar o lava-pés para evitar dispender seus cabedais. Para alterar essa situação, os irmãos<br />

decidiram anualmente fazer o lava-pés e que a “sua despeza se pagasse por conta das rendas<br />

da ordem, fican<strong>do</strong> daqui por diante releva<strong>do</strong> o definitorio daquela despeza”. 48<br />

44 AOTB, Livro 3º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 92v.<br />

45 AOTB, Livro 3º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 68.<br />

46 Estatutos da Veneravel Ordem Terceira da Penitencia <strong>do</strong> nosso serafico padre São Francisco da cidade..., pp. 50-51.<br />

47 Estatutos da Veneravel Ordem Terceira da Penitencia <strong>do</strong> nosso serafico padre São Francisco da cidade..., p. 66. A<br />

respeito <strong>do</strong> hospital <strong>do</strong>s irmãos terceiros franciscanos em Lisboa, consultar MORAES, Juliana de Mello – A assistência<br />

entre os irmãos terceiros: os estatutos <strong>do</strong> hospital da Ordem Terceira franciscana de Lisboa, em finais <strong>do</strong> Antigo<br />

Regime. In CD-ROM XV Congresso Internacional da AHILA (Associação de Historia<strong>do</strong>res Latinoamericanistas Europeus).<br />

1808-2008: Crise e problemas no mun<strong>do</strong> Atlântico. Leiden: Faculdade de Humanidades, Departamento de Estu<strong>do</strong>s<br />

Latinoamericanos, 2009. s. p.<br />

48 AOTB, Livro 7º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 140.<br />

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