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Untitled - Universidade do Minho

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As Ordens Terceiras promoviam diversificadas atividades de cunho religioso e<br />

incentivavam os seus membros a participarem nelas. O próprio processo de entrada numa<br />

Ordem secular implicava em compreender a Regra da instituição, cumprir as distintas<br />

obrigações religiosas e conformar-se com o modelo de vida, inspira<strong>do</strong> nas disposições<br />

tridentinas.<br />

Deste mo<strong>do</strong>, ser irmão terceiro franciscano implicava o acolhimento das determinações<br />

<strong>do</strong> sodalício relacionadas com os diversifica<strong>do</strong>s aspectos <strong>do</strong> viver a religiosidade, tanto no âmbito<br />

individual quanto coletivo.<br />

Atentar para as práticas religiosas promovidas pela Ordem Terceira, em São Paulo,<br />

possibilita compreender os atos, individuais e coletivos, impostos aos seus membros, a<br />

importância da instituição no aglomera<strong>do</strong> urbano em que estava inserida e, ainda, a relação <strong>do</strong>s<br />

irmãos terceiros com a vida religiosa paulistana.<br />

6.1 - O novicia<strong>do</strong> e a profissão<br />

Como constátamos para Braga, para fazer parte de uma instituição secular franciscana<br />

era necessário realizar o novicia<strong>do</strong> e a profissão. Estes <strong>do</strong>is momentos marcavam a condição<br />

<strong>do</strong>s indivíduos na agremiação, sen<strong>do</strong> fundamentais para a entrada <strong>do</strong>s novos membros.<br />

Após a Mesa aprovar o pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> candidato, este deveria noviciar, marcan<strong>do</strong> sua<br />

inserção naquela comunidade. O novicia<strong>do</strong> decorria durante um ano no qual os noviços<br />

aprenderiam a Regra, as disposições estatutárias da Ordem e realizavam determina<strong>do</strong>s<br />

exercícios espirituais. Este perío<strong>do</strong>, sublinha<strong>do</strong> pela educação <strong>do</strong>s noviços, ao mesmo tempo,<br />

consistia num tempo de provação, durante o qual os pretendentes deveriam se mostrar<br />

convictos de sua opção.<br />

Os noviços estudavam os fundamentos da Ordem através das explicações prestadas<br />

pelo mestre de noviços e, provavelmente, pelas informações contidas nos compêndios (Livro 1,<br />

Cap. 2), elabora<strong>do</strong>s para instruir os seculares franciscanos. A aquisição destes livros pela<br />

instituição paulistana evidencia a sua utilização entre os irmãos. Em 1759, a compra de 14<br />

compêndios, por 2$240 réis 1 , mostra que nem to<strong>do</strong>s os irmãos e noviços deveriam possuir<br />

estas obras. Porém, a existência desses livros entre os seculares indica o conhecimento tanto<br />

1 AOTSP, Livro da formação <strong>do</strong> patrimonio da capela, fl. 15.<br />

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