13.04.2013 Views

Untitled - Universidade do Minho

Untitled - Universidade do Minho

Untitled - Universidade do Minho

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

noviços. Para a profissão, os indivíduos deveriam comprometer-se a guardar as leis de Deus, a<br />

aceitar a Regra e as penitências que poderiam ser impostas pelos prela<strong>do</strong>s da instituição.<br />

Último ato para a entrada <strong>do</strong> indivíduo na Ordem Terceira, a profissão impunha a<br />

obediência as disposições <strong>do</strong> sodalício e as eventuais penalizações decorrentes das faltas<br />

cometidas.<br />

To<strong>do</strong>s os novos membros assinavam o livro de entradas e num sinal de humildade<br />

beijavam a mão <strong>do</strong> padre comissário, enquanto os defini<strong>do</strong>res no altar-mor cantavam o Te Deum<br />

Laudamus. 7 Depois, voltavam to<strong>do</strong>s ordenadamente para a sacristia, seguin<strong>do</strong> os noviços com<br />

as mãos levantadas. Na sacristia, os professos recebiam a patente e os noviços o compêndio<br />

das indulgências. 8<br />

O final da cerimônia, marca<strong>do</strong> pela entrega <strong>do</strong> compêndio, para os noviços, ressaltava o<br />

senti<strong>do</strong> didático <strong>do</strong> novicia<strong>do</strong>. No perío<strong>do</strong> de um ano, os futuros irmãos terceiros deveriam<br />

estudar e aprender os textos normativos da instituição, incluin<strong>do</strong> a Regra. A patente, destinada<br />

aos professos, garantia ao associa<strong>do</strong> atendimento em quaisquer localidades onde se<br />

encontrasse uma instituição congênere. Comprovativo da filiação na agremiação secular, a<br />

patente constituía-se no <strong>do</strong>cumento de maior importância para os irmãos terceiros,<br />

principalmente para aqueles que emigrava ou viajavam (cf. Livro 3, Cap. 3).<br />

Durante o perío<strong>do</strong> de novicia<strong>do</strong>, os homens estavam sob a tutela <strong>do</strong> mestre de noviços,<br />

sen<strong>do</strong> esse preferencialmente um sacer<strong>do</strong>te. 9 Cabia aos noviços estudar e compreender a<br />

Regra, praticar os exercícios espirituais e mostrarem-se dispostos a obedecer as normas da<br />

instituição.<br />

O novicia<strong>do</strong> durava um ano. Nesse perío<strong>do</strong>, os noviços deviam participar das diferentes<br />

festas e exercícios espirituais promovi<strong>do</strong>s pela Ordem Terceira, entre os quais: no peditório feito<br />

para os presos na Semana Santa, nos jubileus e “comunhões gerais”. Nos dias de jubileus, os<br />

noviços auxiliariam na preparação da cerimônia, arruman<strong>do</strong> os altares e varren<strong>do</strong> a igreja<br />

7 Nos estatutos não há menção a necessidade <strong>do</strong>s irmãos terceiros <strong>do</strong>minarem a técnica da escrita. Provavelmente,<br />

aqueles que não soubessem escrever deveriam fazer somente um sinal para indicar sua entrada no sodalício.<br />

Entretanto, a <strong>do</strong>cumentação não esclarece a respeito desse aspecto.<br />

8 A descrição pormenorizada da cerimônia de novicia<strong>do</strong> e profissão encontra-se em AOTB, Estatutos da Veneravel<br />

Ordem Terceira da cidade de Braga 1742, fls. 15-20.<br />

9 AOTB, Livro 1º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 4.<br />

219

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!