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Untitled - Universidade do Minho

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em altares privilegia<strong>do</strong>s deven<strong>do</strong> expandir-se a 20 quan<strong>do</strong> as condições financeiras da instituição<br />

o permitissem. 19<br />

A preferência por altares privilegia<strong>do</strong>s justificava-se, pois esses locais possibilitavam uma<br />

libertação mais rápida das almas confinadas no purgatório. Desde 1548, o altar de São Pedro de<br />

Rates tornara-se privilegia<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> recebeu <strong>do</strong> Pontífice essa concessão. 20 Devi<strong>do</strong> a sua<br />

importância, esse altar dedica<strong>do</strong> a São Pedro contava com inúmeras celebrações, sen<strong>do</strong> ainda<br />

assisti<strong>do</strong> por sete coros distintos. 21<br />

As benesses propiciadas pelos altares privilegia<strong>do</strong>s estimularam aos irmãos terceiros a<br />

solicitarem ao pontífice essa concessão. Em 1743, os defini<strong>do</strong>res enviaram o pedi<strong>do</strong> <strong>do</strong> Breve a<br />

Roma para tornar privilegia<strong>do</strong> o altar de São Vicente Ferrer da sua igreja. Essa decisão custou<br />

aos irmãos terceiros 39$650 réis. 22 O alto valor dispensa<strong>do</strong> para essa solicitação demonstra o<br />

empenho <strong>do</strong>s gestores em prover a sua igreja com maiores vantagens espirituais para os seus<br />

membros. Esse acrescentamento nos bens de salvação disponibiliza<strong>do</strong>s pela Ordem Terceira<br />

ampliava a sua visibilidade entre a população e estimulava a entrada de novos associa<strong>do</strong>s. A<br />

<strong>do</strong>cumentação não esclarece sobre a data exata da obtenção desse privilégio, contu<strong>do</strong>, em<br />

1746, aparece a primeira referência sobre missas celebradas neste altar privilegia<strong>do</strong>. 23<br />

Independente da “qualidade” <strong>do</strong> altar, o requisito fundamental para minimizar os<br />

sofrimentos <strong>do</strong> purgatório constituía-se na missa. A quantidade oferecida pelas Ordens seculares<br />

nos <strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Atlântico variava enormemente. Os irmãos terceiros da cidade <strong>do</strong> Porto, em<br />

1751, recebiam 70 missas enquanto que, em Coimbra, os seculares franciscanos contavam<br />

com 25. 24 Na associação terciária <strong>do</strong> Rio de Janeiro, em 1745, celebravam-se 40 missas após a<br />

19 AOTB, Estatutos da Veneravel Ordem Terceira da cidade de Braga 1742, fl. 38.<br />

20 Sobre o altar de São Pedro de Rates, da Sé bracarense, ler CASTRO, Maria de Fátima – Devoções ligadas à igreja da<br />

Misericórdia e Sé Primaz de Braga. Documentação exemplificada. Via spiritus. Ano 7 (2000). 191-194.<br />

21 Sobre as celebrações realizadas no altar de São Pedro de Rates durante o século XVIII ver FERREIRA, Ana Cunha;<br />

CAPELA, José Viriato – Braga Triunfante ao tempo das memórias paroquiais de 1758. Braga: Compolito, 2002. p. 177.<br />

22 AOTB, Livro 3º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fls. 127v.-128.<br />

23 Na proposta de um novo lega<strong>do</strong> foi solicitada a celebração de missas “dittas todas no Altar Privilegia<strong>do</strong> desta<br />

Venerável Ordem.” AOTB, Livro 4º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 5v.<br />

24 Sobre os sufrágios pratica<strong>do</strong>s pelas respectivas Ordens Terceiras ler Estatutos e Regra da Ordem Terceira de São<br />

Francisco da cidade <strong>do</strong> Porto. Lisboa: Oficina de Manoel Soares Vivas, 1751. p. 36; BARRICO, Joaquim Simões –<br />

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