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Untitled - Universidade do Minho

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detectada alguma distorção ou ocultamento das informações recolhidas pelos irmãos, estes<br />

poderiam ser puni<strong>do</strong>s pelos gestores <strong>do</strong> sodalício.<br />

A obtenção de da<strong>do</strong>s a respeito da família e da vida <strong>do</strong> candidato garantia à instituição<br />

não admitir cristãos-novos. Para aqueles que fossem noviços ou professos em Ordens Terceiras<br />

franciscanas de outros locais e que desejassem adentrar à instituição paulistana, novamente se<br />

realizariam os inquéritos visan<strong>do</strong> atestar as qualidades <strong>do</strong> pretendente. Esse reforço na coleta de<br />

informações visava garantir a entrada somente aos qualifica<strong>do</strong>s, pois nos casos em que se<br />

observassem problemas com o novo irmão, esse não poderia ocupar quaisquer cargos na Mesa.<br />

29<br />

Além das imposições relacionadas com o recrutamento de novos membros, o cuida<strong>do</strong><br />

na seleção <strong>do</strong>s ministros também preocupou aqueles que elaboraram os estatutos. O ministro,<br />

como principal cargo <strong>do</strong> órgão gestor, deveria ser ocupa<strong>do</strong> somente por alguém que já fosse<br />

membro da instituição há pelo menos cinco anos e ter participa<strong>do</strong>, anteriormente, em outro<br />

cargo na Mesa. Exigia-se, desse mo<strong>do</strong>, uma pessoa com experiência e conhecimento <strong>do</strong><br />

funcionamento da instituição. De acor<strong>do</strong> com os estatutos, essas imposições decorriam devi<strong>do</strong> à<br />

necessidade <strong>do</strong> ministro conhecer as atribulações da Mesa e “<strong>do</strong> que se observa nella”. 30 As<br />

preocupações referentes à escolha <strong>do</strong> ministro justificavam-se, pois ele era o “superior de to<strong>do</strong>s,<br />

e pay da congregacao a quem to<strong>do</strong>s os irmaos devem obedecer no concernente a Terceyra<br />

Ordem”. 31<br />

A quinta disposição versa sobre os irmãos noviços. O perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> novicia<strong>do</strong>, como uma<br />

época de preparação <strong>do</strong>s futuros membros, incluía auxiliar os sacristães nas missas celebradas<br />

nas sextas-feiras. A realização desse tipo de atividade entre os noviços mostrava-se bastante<br />

comum entre os terceiros franciscanos. Para testar a obediência <strong>do</strong>s noviços lhes eram impostas<br />

atividades relacionadas à arrumação ou a limpeza da igreja. Também em Braga, varrer o templo<br />

competia aos noviços. 32 Desse mo<strong>do</strong>, mostrava-se comum nas Ordens Terceiras a imposição de<br />

29 AOTSP, Livro de termos e estatuto, fl. 3.<br />

30 AOTSP, Livro de termos e estatuto, fl. 3.<br />

31 FERREIRA, Manoel de Oliveira – Compêndio Geral da História da Veneravel Ordem Terceira de São Francisco..., p.<br />

47.<br />

32 Em Braga, os noviços deveriam varrer a igreja em determina<strong>do</strong>s dias. AOTB, Estatutos da Veneravel Ordem Terceira<br />

da cidade de Braga 1742, fl. 80.<br />

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